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Perspectivas e tendências de Preços
por Maria Gabriela Tonini
Quinta-feira, 15 de dezembro de 2005 -19h04
PERSPECTIVAS
As informações divulgadas pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) servem de alerta para a produção na próxima safra.
De acordo com a Anda, as vendas de fertilizantes caíram 14,34% em 2005, se comparadas a 2004 e, para o próximo ano, a tendência ainda é de esmorecimento na comercialização.
A redução da adubação ou a sua inexistência, em se tratando de culturas não perenes, no caso de soja, milho e outros, deprime proporcionalmente a produtividade da área.
Mesmo assim, a Conab (Companhia Brasileira de Abastecimento) estima safra recorde de grãos na próxima colheita. Os dados foram baseados na intenção de plantio, sendo que a situação pode mudar conforme o avançar das atividades.
A Conab acredita que a próxima safra será a maior da história. Mas a base, ou seja, a safra passada, sofreu com severos problemas climáticos e fitossanitários. Não fosse isso, provavelmente teria sido ela a maior.
PREÇOS
Mas a expectativa para a próxima safra brasileira deve interferir nos preços de maneira indireta. As cotações no mercado doméstico são diretamente influenciadas pelas cotações internacionais, especialmente pela Bolsa de Chicago (CBOT).
Os preços mundiais da soja dependem do volume produzido no globo, especialmente nos Estados Unidos, Brasil e Argentina. Nos três maiores produtores de soja do mundo, estimam-se colheitas recordes para a próxima safra. Sem contar a China, que pelo segundo ano consecutivo deve ter sua safra de grãos aumentada.
Apesar da China produzir relativamente pouco em relação ao restante do mundo, ela é um grande comprador de soja e o aumento na sua produção pode acarretar menor comercialização internacional do grão e aumento dos estoques.
Para o milho, a perspectiva de preços não é muito diferente. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima aumento nos estoques finais na próxima safra, o que tende a deixar as cotações pressionadas.
