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O mercado do milho de março até hoje

por Rafael Ribeiro
Quinta-feira, 20 de maio de 2010 -15h50
O milho atingiu, em fevereiro de 2010, os menores preços dos últimos anos. Naquele momento, em Campinas - SP, a saca de 60kg chegou a ser comercializada em R$16,00, valor 20% mais baixo na comparação com o mesmo período de 2009.

De lá para cá o cenário do milho pouco mudou. O mercado superofertado - aliás, desde 2007/08 tem sido assim - impede a evolução dos preços ao produtor, em especial na safra.

Uma mudança ocorreu na postura vendedora e compradora. Com preços em muitos casos próximos ou abaixo do custo de produção, verificou-se uma retração da oferta.

Do lado comprador, com expectativas baixistas para o preço do milho, a demanda tem sido pequena, apenas para o uso em curto prazo.

Resultado disto foi que os preços ao menos pararam de cair em algumas regiões. Entretanto, a baixa liquidez do mercado persiste.

Mais recentemente, o clima passou a desempenhar papel fundamental no mercado. A estiagem no Centro-Oeste, por exemplo, repercutiu em alta de preço diante da preocupação com o desenvolvimento do milho safrinha.

Em São Paulo, região de Campinas, o preço referência subiu para R$19,00/saca.

Outro fator positivo, que deu ânimo ao mercado, foi o anúncio de que o governo vai ajudar na comercialização do grão.

A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) realizará, no dia 27/5, um leilão de Escoamento de Produto (PEP) de 1 milhão de toneladas de milho.

As origens do produto são: Mato Grosso (600 mil t), Mato Grosso do Sul (80 mil t), Goiás (130 mil t), Minas Gerais (70 mil t) e Paraná (120 mil t).

Este deve ser o primeiro de muitos outros leilões necessários para o escoamento da produção.

Em curto e médio prazo podem surgir oportunidades de preços melhores. Vamos ficar atentos!