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Mercado do milho e soja

por Maria Gabriela Tonini
Quinta-feira, 1 de dezembro de 2005 -19h57
SOJA

  • As exportações brasileiras de soja aumentaram 17,1% no acumulado de 2005 (até meados de novembro) em relação ao mesmo período de 2004. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

  • Para o farelo, houve recuo de 5,10%, considerando o mesmo período. Já as exportações de óleo de soja diminuíram 6,90% em volume, comparando com as 2,78 mil toneladas em 2004.

  • Nos Estados Unidos, as exportações fracas na última semana, em função da ausência da China no mercado da soja norte-americana e aumento dos possíveis estoques, pressionaram as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT). Ainda é incerto o comportamento da China na aquisição do grão, em função do aparecimento da gripe aviária no continente asiático. Existe chance de deslocamento das compras para o Brasil, por exemplo, dependendo dos preços.

  • Os recuos da CBOT deixaram as cotações internas da soja pressionadas e o mercado desanimado.

    MILHO

  • O Brasil deve, mais uma vez, ser prejudicado pelos subsídios de países desenvolvidos na produção agropecuária.

  • O subsídio norte-americano para o milho deve aumentar na próxima safra. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) os produtores norte-americanos deverão receber US$9,7 bilhões em subsídios, aumento de mais de 20,0% sobre os US$7,5 bilhões na safra anterior.

  • Entre 2002 e 2004, os produtores receberam, em média, US$0,16 de subsídio por cada dólar de milho colhido, enquanto os de algodão receberam US$0,56.

  • No mercado interno, o ritmo de negociações continua lento, com baixa liquidez.

  • Mesmo com a tendência de aumento na demanda pelo grão para a avicultura e suinocultura para atender os pedidos de final de ano, aparentemente os estoques de milho serão suficientes, o que não deve promover aumento significativo nas cotações no curto prazo.