Scot Consultoria
www.scotconsultoria.com.br

Tendências para milho e SOJA

por Maria Gabriela Tonini
Quinta-feira, 24 de novembro de 2005 -19h00
SOJA


A tendência é que os preços da soja recuem mais em 2006. Os preços internacionais dos grãos, óleo e farelo devem continuar inibidos no próximo ano.

  • O aumento de 213 milhões para 221 milhões de toneladas colhidas na safra 2005/06 deve manter a pressão sobre as cotações. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), até outubro de 2005, os preços médios de exportação caíram 15,10%.

  • Mesmo assim, as exportações brasileiras de soja aumentaram. Comparado com o mesmo período de 2004, nos primeiros dez meses de 2005, houve aumento de 3,9% no volume exportado, totalizando 34,3 milhões de toneladas. Mas com a queda dos preços, o faturamento caiu cerca de US$1,0 bilhão. De janeiro a outubro, as exportações de soja acumularam US$8,2 bilhões. O impacto da retração do mercado de soja deve recair sobre o Produto Interno Bruto (PIB) da agricultura e agronegócio brasileiro. A estimativa é que o PIB do agronegócio encolha 10,5%, ficando em torno de R$520,59 bilhões.

    MILHO

    Os Estados Unidos devem colher a segunda maior safra de milho da história. A estimativa é que os números atinjam 280,2 milhões de toneladas. Constitui um número significativo, mesmo que menor à safra anterior, que foi de 300,0 milhões de toneladas. Os dados são do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

  • A produção mundial para a safra 2005/06 foi reavaliada em 671,9 milhões de toneladas, 0,6% maior que a estimativa anterior de 668,2 milhões.

  • O aumento da estimativa da produção mundial foi decorrência do crescimento da produção norte-americana. Mas foi compensado pela redução na previsão da safra na Argentina (de 18,0 milhões para 17,3 milhões de toneladas) e no Brasil (de 44,0 milhões para 42,5 milhões de toneladas).

  • Com o aumento da produção mundial e tendência de preços mundiais inibidos, a não ser que o câmbio facilite, as exportações brasileiras e os preços internos tendem a ficar pressionados no próximo ano.