Scot Consultoria
www.scotconsultoria.com.br

Em 2010 cresceu a utilização de sementes transgênicas

por Rafael Ribeiro
Quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011 -17h01
As plantações de sementes geneticamente modificadas ocuparam, em 2010, aproximadamente 148 milhões de hectares em todo o mundo. Isto significa um crescimento de 10% em relação ao ano anterior.

Boa parte deste incremento ocorreu em países emergentes ou em desenvolvimento.

É o caso do Brasil, segundo lugar na produção mundial de grãos transgênicos com 17% do volume total.

Em 2010 a área plantada com sementes geneticamente modificadas no país aumentou 19% em relação ao ano anterior. Foi o maior crescimento dentre os produtores.

Os números são do relatório anual do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa, sigla em inglês).

O relatório mostra ainda que a tecnologia é utilizada por mais de 15,4 milhões de agricultores em 29 países.

Na sequência estão os principais produtores (em ha) de transgênicos: Estados Unidos (66,8 milhões), Brasil (25,4 milhões), Argentina (22,9 milhões), Índia (9,4 milhões), Canadá (8,8 milhões), China (3,5 milhões), Paraguai (2,6 milhões), Paquistão (2,4 milhões), África do Sul (2,2 milhões) e Uruguai (1,1 milhões).

China, Índia, Brasil, Argentina e África do Sul plantaram 63 milhões de hectares em 2010, o equivalente a 43% da área total ocupada com essas lavouras.

Em longo prazo a expansão das áreas plantadas com sementes transgênicas deve ser mais intensa nas nações em desenvolvimento.

No Brasil, a comercialização deste tipo de semente teve início em 2003. Para se ter ideia, na safra atual, a soja transgênica ocupou mais de 98% da área plantada no Rio Grande do Sul.

Falar de transgênicos é sempre uma polêmica, mas enquanto nada é comprovado a respeito dos reflexos de sua utilização sobre a saúde humana, a redução nos custos de produção é um fator de promoção.