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Chuva antecipada traz prejuízos aos produtores de milho do Mata Grosso

por Rafael Ribeiro
Sexta-feira, 28 de agosto de 2009 -14h44
A chuva verificada na última semana de agosto no Mato Grosso deverá trazer prejuízos aos produtores de milho.

Em relação ao ano passado, quando choveu somente a partir da primeira quinzena de setembro, a chuva em agosto pegou de surpresa muitos produtores e armazéns.

Segundo o Instituo Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), ainda restam ser colhidos cerca de 5% da área plantada. Este milho deve ter a qualidade comprometida.

O pior foi com o milho safrinha já colhido. Por causa da baixa movimentação no mercado do grão, boa parte do produto está armazenado ao ar livre.

Agora, muitos armazéns estão tendo que secar o milho molhado, além de transferir grandes quantidades para outras unidades de secagem.

Estes fatores elevam o custo de produção, sem falar no milho que acaba estragando.

MERCADO DA SOJA

O mercado internacional da soja continua sofrendo forte influência do clima.

Depois de algumas semanas em queda, por conta das boas condições de clima e do bom desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos, o mercado está cauteloso quanto à possibilidade de uma frente fria atingir as regiões produtoras.

Do lado da demanda, a China manteve o ritmo das importações nas últimas semanas e contribuiu para dar sustentação ao mercado.

Na Bolsa de Chicago (CBOT, sigla em inglês), o contrato mais próximo, setembro/09, permaneceu cotado acima dos US$10,00/bushel até o fechamento do dia 25/8.

No mercado físico brasileiro, o preço da soja, que estava em queda há algumas semanas, reagiu diante da alta verificada no mercado internacional.

A tendência no curto prazo é que as cotações subam a partir de setembro em função da entressafra do grão e da boa demanda pelo produto brasileiro.

Por outro lado, o aumento da área plantada, previsto para a safra 2009/2010, pode significar preços mais baixos no longo prazo.