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USDA: corte na produção de soja e aumento para o milho na safra 2009/2010 dos EUA

por Rafael Ribeiro
Sexta-feira, 14 de agosto de 2009 -16h47
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou no último dia 12, quarta-feira, o relatório de oferta e demanda mundial de grãos para a safra 2009/2010.

As estimativas de agosto mostram redução da produção norte-americana de soja em relação às previsões anteriores.

Segundo o USDA, a produção de soja nos Estados Unidos deverá ficar em torno de 87,6 milhões de toneladas, quase 2% a menos que os números do levantamento de julho. Na safra passada o país colheu pouco mais de 80 milhões de toneladas do grão.

Apesar da maior área plantada com a cultura nesta safra, 2,6% a mais que o ano passado, a produção deve ser menor em função da produtividade mais baixa. O órgão estima um rendimento de 46,74 sacas/hectare.

Dessa forma, os estoques de soja referentes à safra que está sendo cultivada (2009/2010) foram revisados para baixo. Estima-se um montante 16% menor na comparação com o levantamento de julho. O mercado esperava uma redução de aproximadamente 13%.

A notícia de redução da oferta e estoques mais baixos
deve dar sustentação aos preços da soja no mercado internacional.

No caso do milho, o USDA prevê um aumento da produção na ordem de 4% para a safra 2009/2010 na comparação como o levantamento de julho.

A estimativa é que os Estados Unidos deverão colher aproximadamente 324,1 milhões de toneladas do grão, frente as 307,3 milhões de toneladas de milho colhidas na safra 2008/2009.

Diante de uma área ligeiramente menor, 0,15% menos que os números de julho, o aumento se deu basicamente em função da maior produtividade das lavouras.

Ainda segundo o USDA, a produtividade média esperada é de 166,8 sacas de 60kg/hectare. As condições favoráveis de clima verificadas nas regiões produtoras dos Estados Unidos devem contribuir para um maior rendimento.

Por fim, o USDA não fez alterações quanto à produção de soja (safra 2008/2009) no Brasil e na Argentina. Para o milho brasileiro, o órgão revisou os números anteriores em 1%, totalizando uma produção de 50 milhões de toneladas.