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Mercado do milho ainda sob pressão de baixa

por Rafael Ribeiro
Sexta-feira, 31 de julho de 2009 -17h28
Nem a realização dos leilões de escoamento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) foi capaz de dar sustentação ao mercado de milho e os preços seguem em baixa, principalmente no Centro-Oeste.

No Mato Grosso a situação é mais complicada devido à pressão do lado da oferta frente a um mercado de poucos negócios. A colheita do milho safrinha chegou a mais de 60% da área plantada.

Se considerarmos o último levantamento da CONAB (julho) acerca da safra de grãos, o Mato Grosso deve colher por volta de 6,3 milhões de toneladas de milho de segunda safra neste ano. Dessa forma, os 40% restantes significariam cerca de 2,5 milhões de toneladas. Ou seja, vem mais milho por aí.

Para se ter uma idéia, a saca (60kg) está sendo comercializada no Estado por volta de R$12,00, na região de Rondonópolis, 33% menos que no mesmo período de 2008, quando o produtor recebeu, em média, R$18,00/saca.

Em São Paulo (Campinas) e em Goias (Rio Verde) essa diferença varia entre 25% e 28%, sendo que o produtor recebeu em julho de 2008, em média, respectivamente,
R$28,00/saca e R$20,00/saca.

O índice Esalq para o milho fechou o dia 29/7 em R$20,02/saca de 60kg, uma queda de 7,5% ao longo de julho.

Na Bolsa de Mercadorias e Futuro - BM&F, o mercado do milho segue sem perspectiva de alta no curto e médio prazos.

Os contratos com vencimentos em setembro/09 acumulam baixa de aproximadamente 9% desde o começo do mês, e fecharam cotados em R$20,20/saca no dia 28/7.

O atual cenário de preços baixos deve pesar na escolha do produtor sobre o que plantar na safra 2009/2010. Dessa forma, é esperada a migração de áreas de milho para a soja, cujo mercado está mais atraente nos últimos meses.

PARANÁ PARTICIPARÁ DOS LEILÕES

O governo incluiu o Paraná no leilão de milho a ser realizado no dia 4 de agosto.

A oferta para o Estado será de 100 mil toneladas, enquanto que para o Mato Grosso a oferta prevista é de 500 mil toneladas.