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Gripe suína gera pessimismo no mercado de commodities

por Rafael Ribeiro
Quinta-feira, 30 de abril de 2009 -10h02
O mercado financeiro reagiu de forma pessimista à notícia dos casos de gripe suína no México, nos Estados Unidos e na Europa. As empresas que comercializam soja e milho estão receosas com a possível diminuição da demanda por grãos utilizados nas rações.

Na Bolsa de Chicago (CBOT, sigla em inglês), os contratos futuros de soja com vencimentos mais próximos chegaram a cair mais de US$0,30/bushel no pregão do dia 27/04.

No entanto, os fundamentos voltaram a dar sustentação às cotações da oleaginosa. Nos Estados Unidos, o estoque reduzido e a demanda firme fizeram com que os preços futuros da soja subissem já no dia seguinte.

NA CBOT, os contratos de soja com vencimento em maio/09 fecharam em US$10,14/bushel (28/04), ganho de quase US$0,10/bushel em relação ao dia anterior.

Por sua vez, as cotações do milho no mercado internacional também caíram na última semana de abril, acompanhando o pessimismo gerado pelas notícias sobre a gripe suína, mercado de ações em baixa e petróleo mais barato.

Bushel de soja=27,216kg

EXPORTAÇÕES ARGENTINAS

As exportações argentinas de soja, em março, ficaram muito abaixo do volume exportado no mesmo período do ano passado.

Os impasses entre governo e produtores e a dificuldade de comercializar a safra antiga foram os principais fatores que estabeleceram esse cenário.

A China, um dos maiores compradores da soja argentina, praticamente não comprou nada do País em março. Bom para os Estados Unidos e para o Brasil, que devem atender a demanda do País asiático.

Por outro lado, as exportações argentinas de farelo de soja e óleo praticamente dobraram em relação a março/2008. Os altos impostos sobre a exportação do grão (35%) fazem com que as esmagadoras dêem preferência para o farelo e óleo.

MAIS SOBRE A SECA NO PARANÁ

A situação ruim das lavouras de milho safrinha, em função da seca que atinge o Paraná, está levando muitos produtores a plantarem trigo no lugar do milho.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), o Estado deve ter queda de 9% na produção de milho.