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Soja e milho acompanham a alta do petróleo no mercado internacional

por Rafael Ribeiro
Sexta-feira, 8 de maio de 2009 -17h47
As cotações futuras da soja no mercado internacional operaram em alta por mais uma semana, sustentadas, basicamente, nos fundamentos de oferta e demanda (exportações norte-americanas aquecidas e previsões de quebra na safra argentina) e em função da alta do petróleo.

O petróleo atingiu o maior preço desde novembro do ano passado e está cotado na casa dos US$56,00/barril. A alta é atribuída ao aumento abaixo do previsto nos estoques do produto nos Estados Unidos.

Na Bolsa de Chicago (CBOT, sigla em inglês), os contratos futuros de soja com vencimentos em julho/09 fecharam cotados em US$11,18/bushel no pregão do dia 6/5. Os contratos referentes à safra norte-americana, com vencimentos mais distantes, também apresentaram bons ganhos.

O mercado de milho, por sua vez, também fechou com preços mais altos. O atraso no plantio do milho nos EUA continua dando suporte às cotações no mercado internacional. NA CBOT, os contratos com vencimento em maio/09 fecharam em US$4,00/bushel (6/5), ganho de quase 2% na semana.

Bushel de soja=27,216kg, bushel de milho=25,4kg

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE SOJA

O Brasil exportou quase 4,5 milhões de toneladas de soja em abril, novo recorde em se tratando de volume embarcado.

As exportações de abril representam um aumento de 1,15% frente ao mês anterior que até então detinha o recorde.

MERCADO INTERNO

O mercado interno de soja, depois de um bom movimento de negócios nas últimas semanas, deu uma acalmada. A preocupação é com relação à desvalorização do dólar frente ao real. Apesar disso, os preços ainda não caíram por aqui.

Para o milho, os preços ficaram praticamente estáveis no mercado físico, mas as cotações futuras na BM&F, principalmente os vencimentos mais distantes, caíram diante das chuvas verificadas nas regiões produtoras de milho safrinha, em especial no Paraná. Pura especulação.

No Mato Grosso do Sul, a seca preocupa os produtores de milho safrinha. Segundo dados locais as perdas na lavoura podem variar de 30% a 60%, dependendo da região.