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Baixa disponibilidade faz o preço do farelo de algodão reagir em julho

por Rafael Ribeiro
Sexta-feira, 24 de julho de 2009 -15h58
O farelo de algodão está mais caro em julho, na comparação com junho. Além da maior procura pelo insumo por parte dos invernistas, visto que o preço do farelo de soja se encontra em um patamar relativamente alto, a oferta comedida levou a aumentos de preço.

A colheita do algodão está praticamente no fim na região Sudeste. Porém, no Mato Grosso, os números do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) apontam para apenas 40% da área colhida ao final da primeira quinzena de julho.

Em São Paulo, o farelo de algodão 28 (28% de proteína bruta) está quase 10% mais caro em relação a junho. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, o alimento está sendo vendido a R$502,00/tonelada (preço médio), sendo o preço mínimo de R$460,00/tonelada.

Em Goiás, o preço do farelo varia entre R$475,00/tonelada e R$500,00/tonelada. No Mato Grosso o insumo está sendo vendido entre R$460,00/tonelada e R$480,00/tonelada.

As cotações do farelo de algodão, assim como as do caroço, tendem a sofrer influência da menor área plantada de algodão este ano.

Segundo o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), em função dos baixos preços no mercado, houve redução de 22% na área plantada, ou seja, 220 mil hectares a menos de algodão em relação à safra anterior.

Desta forma, a produção de caroço deve cair cerca de 25% em relação a safra 2007/2008.

FARELO DE SOJA

A cotação do farelo de soja recuou em julho, mas ainda se mantém 6% acima da média dos últimos doze meses.

A queda no preço do farelo acompanhou a forte desvalorização da soja (grão), que chega a 12% em algumas regiões do País.

Em julho, o concentrado protéico está cotado, em média, em R$890,00/tonelada em São Paulo, mas existem negócios a R$810,00/tonelada.

No Mato Grosso e Goiás, o farelo de soja está sendo vendido, respectivamente, a R$730,00/tonelada e R$765,00/tonelada.