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Soja em queda e milho "travado" neste começo de mês

por Rafael Ribeiro
Sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 -10h21
Mais uma vez o clima e a instabilidade econômica influenciaram significativamente o mercado da soja. As chuvas esperadas para a Argentina no final de janeiro já se confirmaram em algumas áreas, mas o volume das precipitações ainda está abaixo do esperado. No entanto, o preço da soja, que havia reagido na segunda quinzena de janeiro, inicia o mês de fevereiro em baixa.

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBTO, sigla em inglês), para março, eram negociados entre US$9,51 e US$9,62 por bushel (3/01).

A notícia de recuo de 3,8% no PIB dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2008 também preocupa os produtores e, de certa forma, afetou o mercado das commodities.

No Brasil, diante das oscilações na cotação da soja no mercado internacional, produtores e compradores praticamente travaram os negócios neste início de mês. Entretanto, o preço da soja continua sendo sustentado pela baixa oferta interna e, principalmente, pela valorização da moeda norte americana frente ao Real.

Enquanto isso, a colheita da safra 2008/2009 segue em ritmo acelerado no país, principalmente no Estado de Mato Grosso onde, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (IMEA), mais de 10% das lavouras já foram colhidas em algumas regiões.

MILHO

Com o milho os negócios também andam devagar. As incertezas com relação à quebra de safra travaram as vendas do cereal no início de fevereiro.

A questão é que, à medida que a colheita avança em algumas regiões, os preços estão caindo. É o caso de São Paulo, Paraná e outros Estados que, a partir da segunda quinzena de fevereiro, devem contar com mais milho em estoque.

Na realidade, quem quer vender (produtores e cooperativas) está aguardando uma recuperação dos preços. Quem precisa comprar acredita que os preços deverão cair e, por isso, não hesitam em esperar um pouco mais.

TRIGO

Na Argentina, o mercado do trigo ficou praticamente parado nos primeiros dias de fevereiro. O produtor está segurando trigo e só vende o necessário. A drástica redução da safra fez com que o governo argentino parasse de conceder licenças de exportações.

No Brasil, a boa procura por trigo manteve o mercado aquecido no Paraná, Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Com isso as cotações seguem firmes.