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Preço do milho começa a reagir no mercado internacional

por Rafael Ribeiro
Sexta-feira, 2 de outubro de 2009 -16h10
O mercado internacional do milho trabalhou em alta durante as últimas semanas de setembro. Depois de cair por quase dois meses, o preço do grão começa a se recuperar.

Dentre os principais fatores podemos citar o atraso da colheita do milho nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 5% da área plantada foi colhida até o momento (a média do periodo nos últimos cinco anos foi de 18%).

Além disso, a pressão altista vem da previsão de uma menor safra argentina e, mais recentemente, da possibilidade da China ter que importar milho.

A China, que é auto-suficiente em relação ao milho há pelo menos três anos, vê a atual safra ameaçada pela estiagem.

As estimativas apontam para uma queda de 10% na produção chinesa nesta temporada. O país que colheu aproximadamente 166 milhões de toneladas no ano passado deverá colher, nesta safra, algo em torno de 149 milhões de toneladas.

Vale destacar que a China é o segundo maior produtor e consumidor mundial de milho, atrás apenas dos Estados Unidos.

Há quem diga que não haverá necessidade de importação devido aos elevados estoques do grão. A questão está na logística de distribuição do produto em função do tamanho do território chinês.

O fato é que as cotações começaram a subir em algumas regiões da China. O milho norte-americano mais barato, em função do dólar desvalorizado frente às demais moedas, pode viabilizar as importações chinesas.

MERCADO BRASILERO

O mercado brasileiro do milho dá sinais de que o pior, em termos de preço, pode estar chegando ao fim.

No mercado físico já se verificam maiores movimentações em algumas praças como São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Inclusive os produtores estão recebendo mais pela saca de milho.

Na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F) os contratos futuros de milho trabalharam em alta nas últimas semanas de setembro. Reflexo do mercado mais firme.

O novembro/09 fechou cotado em R$21,06/saca de 60kg no dia 30 de setembro, uma alta de 6,8% em sete dias.