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Exportações de soja em 2016
por Maria Gabriela Tonini
Quinta-feira, 2 de agosto de 2007 -17h21
De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), o comércio internacional de soja irá crescer significativamente nos próximos dez anos. O aumento será de 36%, ou 27 milhões de toneladas métricas.
O lugar de maior importador de soja, ocupado até 2002 pela União Européia, deve ser tomado pela China nos próximos anos. As projeções indicam que a política chinesa vai buscar manter a produção interna de milho e aumentar a importação de soja. Com isso, a China deve responder por 78%, das 27 milhões de toneladas previstas, nos próximos dez anos.
Dentre os maiores exportadores de soja (grão) até 2016 estarão os Estados Unidos, Argentina e Brasil, principalmente. Observe na figura 1 a projeção das exportações de soja até 2016. Será no Brasil o maior crescimento das vendas externas de soja.
A Argentina pretende expandir a capacidade de sua indústria esmagadora de soja. A expectativa é que ela, mesmo estando entre os maiores exportadores, ainda assim importe cerca de 3 milhões de toneladas de soja do Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia até 2016 para suprir a demanda da indústria.
Considerando farelos e óleo, o Brasil deixa de ter a posição principal de exportador. Argentina, Brasil e Estados Unidos vão ser responsáveis por cerca de 90% das exportações de farelo de soja, sendo que a participação argentina deve aumentar em detrimento dos outros dois países.
No Brasil, o aumento da demanda interna pelo farelo, em função da expansão da avicultura e suinocultura, pode limitar as exportações. Além disso, a capacidade de processamento da soja no Brasil não deve aumentar tão rápido quanto a produção do grão, porque a estrutura dos impostos nacionais favorece a exportação do grão ao invés de farelo.
O Brasil é um grande exportador de soja e ampliará a sua participação nos próximos anos. Entretanto, de acordo com as previsões do USDA, as exportações com maior valor agregado devem ficar para os nossos vizinhos.
O lugar de maior importador de soja, ocupado até 2002 pela União Européia, deve ser tomado pela China nos próximos anos. As projeções indicam que a política chinesa vai buscar manter a produção interna de milho e aumentar a importação de soja. Com isso, a China deve responder por 78%, das 27 milhões de toneladas previstas, nos próximos dez anos.
Dentre os maiores exportadores de soja (grão) até 2016 estarão os Estados Unidos, Argentina e Brasil, principalmente. Observe na figura 1 a projeção das exportações de soja até 2016. Será no Brasil o maior crescimento das vendas externas de soja.
A Argentina pretende expandir a capacidade de sua indústria esmagadora de soja. A expectativa é que ela, mesmo estando entre os maiores exportadores, ainda assim importe cerca de 3 milhões de toneladas de soja do Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia até 2016 para suprir a demanda da indústria.
Considerando farelos e óleo, o Brasil deixa de ter a posição principal de exportador. Argentina, Brasil e Estados Unidos vão ser responsáveis por cerca de 90% das exportações de farelo de soja, sendo que a participação argentina deve aumentar em detrimento dos outros dois países.
No Brasil, o aumento da demanda interna pelo farelo, em função da expansão da avicultura e suinocultura, pode limitar as exportações. Além disso, a capacidade de processamento da soja no Brasil não deve aumentar tão rápido quanto a produção do grão, porque a estrutura dos impostos nacionais favorece a exportação do grão ao invés de farelo.
O Brasil é um grande exportador de soja e ampliará a sua participação nos próximos anos. Entretanto, de acordo com as previsões do USDA, as exportações com maior valor agregado devem ficar para os nossos vizinhos.