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Milho na China

por Maria Gabriela Tonini
Quinta-feira, 19 de julho de 2007 -19h00
Em 17 de julho, o governo chinês anunciou que em cinco anos, estará proibida a produção de álcool a partir do milho em território chinês.

O aumento da demanda pelo milho para a fabricação de combustível pressionou os preços, que subiram. A preocupação do governo asiático está fundamentada na expectativa de aumento da demanda pelo milho para a alimentação, em conjunto com o aumento da necessidade do grão para a produção de etanol. Além dos preços altos, a competição entre o uso do milho para a alimentação e produção de etanol foi a visão adotada para a proibição.

A área para a produção de milho na China tem possibilidade limitada de expansão. De acordo com o Instituto de Pesquisa de Políticas Agrícolas e Alimentação (FAPRI), até 2016, a área de cultivo de milho no país deve crescer somente 1,28%. Já a produção deve aumentar cerca de 11,7% até 2016. Segundo o FAPRI, a produtividade do milho na China deve passar de 5,3 toneladas métricas por hectare neste ano para 5,9 toneladas métricas por hectare em 2016.

O consumo de milho na China, por sua vez, deve aumentar 17,30% no período. Dentre os usos, a alimentação humana deve demandar cerca de 16,7% mais de milho até 2016 e a alimentação animal, mais 14,6% nos próximos nove anos.

O governo da China está se antecipando à provável maior dependência do mercado internacional, que justifica (em parte) a medida de proibição da produção de álcool à partir do milho.

A partir de agora a China, provavelmente, concentrará seus esforços na produção de álcool a partir de tubérculos para atender à necessidade doméstica. A intenção é dobrar a capacidade de processar álcool nos próximos três anos e aumentar a adição do álcool no total de combustíveis usados no País.