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Tendências para o milho

por Maria Gabriela Tonini
Quinta-feira, 28 de junho de 2007 -17h45
De acordo com relatório divulgado pela FAO (órgão das Nações Unidas para questões de agricultura e alimentação), a produção mundial de grãos em 2007 deve aumentar cerca de 9% em relação a 2006. O uso industrial, principalmente no caso do milho para a produção de etanol nos Estados Unidos, vai forçar um aumento na utilização e conseqüentemente na produção de grãos em 2007 e 2008.

Os preços tendem a se manter firmes, por causa da forte demanda, de maneira geral.

Estima-se que a produção de milho em 2007 será recorde no Brasil, Argentina e Chile. Nos Estados Unidos, neste ano se tem o maior plantio de milho desde 1944, basicamente como resposta à forte demanda por milho para a produção de etanol.

Considerando os grãos em geral, as exportações devem crescer significativamente na Argentina e Canadá. Mas especificamente para o milho, a expectativa é de redução nas exportações da China e dos Estados Unidos, dois importantes participantes do mercado internacional de milho. A FAO prevê que o espaço deixado nas exportações de milho pode ser ocupado principalmente pelo Brasil e Argentina.

A produção mundial de milho deverá passar de 696,8 milhões de toneladas em 2006 para 769,7 milhões de toneladas em 2007. Um possível aumento de 72,90 milhões de toneladas ou 10,46%.

Em 2007, os maiores produtores de milho continuarão sendo os Estados Unidos, com produção de 316,5 milhões de toneladas e a China, com produção de 147 milhões de toneladas, seguidos pelo Brasil, com perspectiva de produção de 51,4 milhões de toneladas em 2007. Neste ponto é válido ressaltar que, para o Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também indica produção de milho próxima ao valor da FAO, em torno de 50,6 milhões de toneladas.

Mesmo com o aumento da demanda por milho nos Estados Unidos e diminuição das vendas externas, os norte-americanos continuarão sendo os maiores exportadores do grão. A expectativa é que os Estados Unidos exportem 49 milhões de toneladas (13% menos que em 2006). O segundo maior exportador de milho em 2007, de acordo com a FAO, deverá ser a Argentina, com volume em cerca de 14 milhões de toneladas (aumento de 37,5% em relação a 2006). O Brasil irá embarcar 7 milhões de toneladas (aumento de 34,6% em relação a 2006), ultrapassando a China, que deve diminuir para 3,0 milhões de toneladas suas exportações de milho.