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O preço do milho subiu 47%

por Maria Gabriela Tonini
Quinta-feira, 11 de janeiro de 2007 -19h15
MILHO

  • A entressafra impulsionou os preços do milho em todo o País. O estoque limitado deixou o mercado especulado, principalmente nas praças com menor produção.

  • De julho até agora, considerando a média das principais praças brasileiras, o preço do milho subiu 47%. Além da entressafra, o crescimento das exportações (o Brasil exportou cerca de 4 milhões de toneladas em 2006, frente a 1 milhão de toneladas em 2005), alavancadas pela demanda mundial por álcool, auxiliou na recuperação dos preços.

  • Entretanto, os preços no mercado interno parecem ter atingido um teto. A oferta aumenta com o início da safra. Em algumas praças, a colheita somente não começou por causa das chuvas.

  • De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2006/07 deve crescer 4,50%, totalizando 43,56 milhões de toneladas. E os preços devem cair com o aumento da oferta.

  • Mas a forte demanda pelo milho no mercado internacional e a possibilidade do Brasil aumentar ainda mais as exportações melhoram a liquidez na safra. Com isso, os preços devem ficar menos vulneráveis a recuos.

    MUNDO

  • De acordo a FAO (Órgão das Nações Unidas responsável por questões de agricultura e alimentação), os preços agrícolas, particularmente as cotações do milho e trigo, atingiram os maiores valores dos últimos dez anos.

  • Colheitas reduzidas em importantes países produtores e o rápido crescimento da demanda para a produção de biocombustíveis provocaram esse fenômeno.

  • Neste ano, as despesas globais com importação de alimentos em geral, podem atingir um pico histórico de US$383 bilhões, crescimento de 2% além do que foi gasto no ano anterior. Essas despesas subiram mais em função do aumento de preços do que do crescimento do volume da importação total.

  • Além disso, a FAO estima que muitos países reduzirão as importações, não como resposta ao aumento da produção interna, mas como resultado dessa elevação de preços.

  • Os preços dos óleos vegetais também subiram e, de acordo com a FAO, os ganhos foram menores que para os cereais. Em função disto, é provável que haja um deslocamento do cultivo de grãos voltados à produção de óleo para outras culturas. O mercado de óleos vegetais pode ficar mais desequilibrado com o crescimento da demanda muito maior que a produção.