Mercado - reprodutores

Com a proximidade da estação de monta e maior movimentação no mercado de tourinhos, analisou-se a relação entre os preços de compra do reprodutor e o valor da produção do criador, o bezerro. Esta relação mostra o poder de compra do criador, em relação aos reprodutores. Para a análise da evolução dos preços dos reprodutores, utilizou-se o padrão de 40@ de boi gordo, para permitir uma análise histórica maior. Vale destacar que reprodutores não são commodities e que a genética, procedência e raça alteram o valor de mercado. Como o objetivo da análise foi mostrar as tendências, isto pouco vai influenciar. Hoje, 40@ de boi gordo em São Paulo equivalem a 5,1 bezerros de doze meses. Na figura 1 está a evolução da relação entre 40@ de boi gordo e o bezerro de 12 meses em São Paulo. Assim como a relação de troca com o boi gordo recuou nos últimos anos, devido ao encarecimento (relativo) da reposição, o poder de compra do criador melhorou em relação aos reprodutores. A genética está mais acessível. Na figura 2 a linha tracejada mostra a relação de troca entre o valor do tourinho e seus filhos. Ou seja, quantos bezerros machos provenientes daquele touro serão necessários para pagá-lo. Considerou-se a vida útil do reprodutor como cinco anos (20% de reposição anual) e o valor médio dos bezerros nascidos durante sua vida útil, deflacionado. Observe como as linhas têm movimentações diferentes. Isto porque um tourinho comprado no final da fase de baixa do ciclo pecuário tende a ser mais barato. Seus filhos, por sua vez, serão vendidos em momentos de preços em ascensão, pagando mais facilmente o investimento no reprodutor. Se o pecuarista trabalha sempre com a mesma taxa de reposição, esta relação com os filhos pouco influenciará, uma vez que tourinhos e bezerros tendem a estar mais baratos ou caros, em dado momento. Nos casos em que o pecuarista varia o investimento, dependendo do cenário, esta é uma análise que deve ser feita.
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