* Colaborou - douglas coelho de oliveira - zootecnista
De acordo com a ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial) as vendas de sêmen no Brasil de 1999 a 2010, apresentaram um ganho de 87,0%, saindo de 5.568.194 para 10.415.050 doses.
O crescimento em 2010 foi de 13,7% em relação ao ano anterior. Desde o aumento entre 2000 e 2001 (19,1%), o incremento anual não era tão grande.
Deste montante 58,3% é sêmen nacional e 41,7% é importado.
Apesar do dólar em patamar desvalorizado, fator positivo para as importações, a participação de genética importada no total comercializado foi inferior à de 2009.
Do total comercializado, 57,8% são de raças de corte e 42,2% são de raças leiteiras.
Para as raças de corte em 2010, o acréscimo foi de 15,6% em relação a 2009.
As raças de corte mais utilizadas são: Nelore (44,4%), Angus (29,7%), Brahman (4,2%), Nelore Mocho (3,8%), Guzerá (2,8%) e Braford (2,0%). Veja a figura 1.
Em 2010 as raças de leite tiveram aumento de 11,2% em relação a 2009.
As maiores participações nas raças de leite foram: Holandês (58,6%), Jersey (16,5%) e Gir Leiteiro (15,7%).
A consolidação do uso de genética é indiscutível e a utilização dos métodos de IATF (inseminação artificial em tempo fixo) tem sido uma alavanca para este processo.
A forte alta no preço do boi gordo no último ano foi outro fator que colaborou com o aumento nas vendas de sêmen.
O otimismo com a atividade gerado pelos preços em alta faz com que o pecuarista, no caso o criador, invista. Dentre os investimentos está o uso de genética melhorada.
De 2000 a 2010 o incremento médio anual das vendas totais de sêmen foi de 6,1%.
Houve recuo nas vendas anuais apenas em 2005 e 2006, influenciadas pelos baixos preços no mercado do boi gordo.
Se a tendência de preços firmes para a arroba em 2011 continuar, tudo indica mais um ano de bons números para este mercado.
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