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Scot Consultoria

Representatividade das raças


Sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010 - 11h36

Definitivamente a pecuária brasileira chama a atenção. Tornamo-nos os maiores exportadores de carne. O custo de produção da pecuária brasileira é competitivo e o volume de produção é suficiente para atender grandes e diferentes mercados, além do mercado interno. Tais fatos exigem, dos agentes da cadeia pecuária, excelência e eficiência para reestruturar continuamente o universo da carne bovina no Brasil. Entretanto, o atual índice de produtividade do rebanho bovino está abaixo do seu potencial (apesar de ser mais alt que a média mundial). E para melhorar esse índice, deve-se procurar, entre outras variáveis, a promoção do melhoramento genético do rebanho. Sendo assim, é comum a discussão sobre quais raças utilizar nesse melhoramento, na formação do rebanho bovino brasileiro e quais são aquelas de preferência para o cruzamento industrial. Vários fatores pesam na escolha da raça desde quesitos regionais (clima), rendimento de carcaça, atributos individuais de cada uma e preferência pessoal. Para identificar as tendências e saber quais são as raças mais utilizadas, é interessante analisar a participação nas vendas nacionais de sêmen. Observe a figura 1. A participação da raça Nelore como formador do rebanho brasileiro é inquestionável, com mais de 1,8 milhão de doses vendidas em 2008. Mas é interessante observar a influência de outras raças utilizadas puras ou nos cruzamentos industriais. Considerando Red Angus e Angus como uma só variação, esta pode ser considerada a raça europeia de maior destaque, com participação de 25% do sêmen vendido. Separadamente o resultado não deixa de impressionar, 14,5% e 10,6% de participação para cada raça, respectivamente. Apesar da crise, em 2008 as vendas cresceram 20%. Assim sendo, fica claro que o Angus é a preferência entre as raças taurinas utilizadas no Brasil. Logo em seguida, sem considerar a variação mocha do Nelore, estão as zebuínas Brahman e Guzerá, com 4,6% e 3,4% de representatividade. O Braford vem em sétimo lugar, com 1,9% das vendas. O Simental, Tabapuã e Red Brangus também estão entre as dez raças mais representativas entre as vendas de sêmen em 2008. Por fim, não existe uma raça ideal, que atenda todas as situações. O que se tem são atributos que podem atender às necessidades particulares de cada criador, dependendo do sistema de criação, localização da fazenda e particularidades de cada sistema. Portanto, um estudo aprofundado é recomendado no momento da escolha do touro ou do sêmen.
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