Ao relembrar o período entre agosto e meados de setembro de 2023 (quando o preço da arroba, em São Paulo, chegou a R$200,00), chega até a dar calafrios. Mas, logo em seguida, os preços subiram fortemente, em busca dos R$250,00/@ até o final do ano, e parecia que tudo seria festa, rumo aos R$300,00/@ novamente.
No entanto, quem ficou desavisado na festa esqueceu de dois fatores da atual fase do ciclo pecuário, que acabaram frustrando as expectativas (pelo menos até maio):
Figura 1.
Tendência de baixa nos preços.
Fonte: Cepea
Figura 2.
Abate de bovinos no Brasil, em milhões de cabeças.
Fonte: IBGE
Mas será que esse movimento continua? O que o mercado futuro projeta?
Figura 3.
Comportamento dos preços na semana entre 14/5/24 e 21/5/24.
• Enquanto o preço spot (mercado físico) caiu R$1,90/@, os preços dos contratos futuros se valorizaram;
• Enquanto agosto foi o mês com menor valorização, outubro obteve a maior valorização;
• Aparentemente, a curva futura está abrindo. Isso é bom para pecuaristas que fazem hedge, pois podem buscar, em determinados momentos, uma boa precificação para garantir a margem na sua atividade.
O fato é: ninguém sabe o momento exato da virada de ciclo pecuário e quando esperar novamente uma alta consistente dos preços por um período mais longo.
Portanto, é importante utilizar o mercado futuro para ver o direcionamento dos preços e buscar oportunidades para travar seus custos e sua margem. Lucro nunca quebrou ninguém, certo?
Curiosidade: Apesar dos preços estarem em tendência de queda desde março/2022, eu conheço alguns pecuaristas que vem “descendo hedgeado (travado) em preços” consistentemente desde então e colhendo boas margens! E você? O que tem feito desde então?
Até a próxima!
Forte abraço.
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