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Repeteco de 2019?


Quinta-feira, 3 de dezembro de 2020 - 14h50

Há um ditado que diz que a história não se repete, mas ela com certeza rima. Esse ditado não poderia ser melhor aplicado, do que na comparação do mercado atual de boi gordo com o do final de 2019.


A forte alta na virada de outubro para novembro ocorrida, tanto em 2019 como em 2020, produziu aquela sensação de que o céu é o limite e que os preços iriam subir indefinidamente, porém, a dura realidade é que nada sobe pra sempre e na imensa maioria dos casos, quando ocorrem altas forte e abruptas, a queda que segue é de igual magnitude. Em 2019, do fechamento de outubro até a máxima do indicador no final de novembro a alta foi de 36%, seguida por uma queda de 15% até o final de dezembro. Em 2020 a alta do fechamento de outubro até a máxima foi de 10% e, se projetarmos uma queda semelhante à de 2019 o movimento de queda poderia trazer os preços próximo dos R$ 250,00/@.


Esses fortes movimentos geraram enorme oportunidades no mercado futuro, cujo contrato de dezembro chegou a estar R$20,00/@ acima do mercado físico e agora está R$12,00/@ abaixo do mercado físico. Quem soube usar as ferramentas de gestão de risco disponíveis conseguiu 


A queda do mercado físico trouxe também enormes quedas no mercado futuro, trazendo praticamente toda a curva de 2021 para próximo do importante suporte de R$250,00/@. Ao meio dia do pregão de 3/12 o contrato de jan/21 era negociado a R$255,50/@, fev/21 a R$252,00/@, maio /21 a R$249,00/@ e out/21 a R$255,00/@. Toda essa queda aconteceu também pela forte queda do dólar que rompeu finalmente a barreira dos R$ 5,20 e é negociado atualmente em R$ 5,13, derrubando, além do boi, também os preços do milho na B3.


A barreira dos R$ 250,00 deve ser um suporte muito importante para os preços do mercado físico em 2021, já que o ambiente de baixa oferta deve continuar e na safra a dificuldade de impor recuos esbarra na boa condição do pecuarista reter as ofertas. Essa situação, no entanto, pode se alterar caso o dólar rompa o importante patamar dos R$5,00. Em 2021 vai ser um olho no boi e outro no dólar!




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