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Scot Consultoria

Qual é o limite?


Quinta-feira, 25 de junho de 2020 - 14h40

Mesmo com as altas recentes no preço do boi gordo, as escalas continuam sem mostrar nenhuma evolução, evidenciando a grande falta de oferta enfrentada atualmente. A situação atual é o famoso vácuo entre a safra e a entressafra, quando o estoque de animais a pasto já terminou e o fluxo de oferta de animais de confinamento ainda não entrou no mercado.


A situação neste ano é mais grave tende a durar mais do que o normal, já que a oferta de animais confinados ou semiconfinados não deve aparecer tão cedo. A fase de alta do ciclo pecuário, com preços de bezerro altíssimos e retenção de fêmeas também atua a todo vapor colocando ainda mais pressão no sistema.


Com a tendência de alta já bem definida e a questão da oferta (ou falta dela) sem deixar dúvidas, todas as atenções se voltam para a demanda, na tentativa de responder à pergunta no título deste texto. Até o momento não houve qualquer sinal de limite para as cotações, já que todas as barreiras psicológicas dos preços cheios, de R$200,00/@, R$210,00/@ e R$220,00/@ foram atingidas sem que houvesse melhora significativa na oferta de animais para abate. Essa situação é muito altista no curto prazo, porém, para ela se sustentar no médio prazo precisaremos da contrapartida da demanda absorvendo a alta que os preços terão na gôndola.


Com esse raciocínio da demanda em mente, no caso das exportações ainda estamos muito competitivos. Mesmo com a alta recente, nossa arroba ainda está em US$41,00, sendo que no auge das compras da China em novembro do ano passado estávamos acima de US$50,00/@, portanto, é de se esperar que ainda há espaço para esses preços no mercado internacional. Já no mercado interno, da última vez que atingimos esse patamar de R$220,00/@, tivemos reflexos muito negativos na demanda. Na situação de crise atual é de se esperar que esse limite traga novamente reflexos negativos no consumo.


Enquanto a oferta permanecer tão pequena e a exportação tão robusta a ponto de deixar o mercado interno desabastecido, os preços atuais irão manter a sustentação (ou até quem sabe testar novos patamares), porém, o grande teste será quando a alta do boi gordo e da carne no atacado bater na gôndola dos supermercados. Teremos a resposta deste teste nas próximas semanas. A conferir.




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