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Scot Consultoria

A hora da decisão!


Quarta-feira, 10 de outubro de 2018 - 14h40

O balanço de forças no mercado pecuário mudou um pouco nesta semana em relação às anteriores e as indústrias obviamente tentam tirar proveito dessa situação para tentar aumentar a pressão sobre o mercado físico.


O grande responsável por esse cenário foi a enorme queda do dólar, que, na esteira do bom desempenho do candidato Bolsonaro na eleição presidencial, começou a semana operando em forte baixa e praticamente devolvendo toda a alta dos meses de agosto e setembro em um dia, como pode ser observado na figura 1.


Tamanha queda assustou os exportadores e até ficar claro qual será o novo patamar de equilíbrio do dólar e seu impacto nas exportações, a ordem do dia foi diminuir as compras e tentar, na medida do possível, originar mercadoria a um custo menor. Outro fator que colaborou com a pressão foram as chuvas que caíram em maior volume nas regiões produtoras, dificultando um pouco o operacional dos confinamentos, contribuindo para a melhora da oferta no momento atual.


Soma-se a isso a relativa maior oferta de animais confinados de outubro, com relação a setembro e temos como resultado esse aumento da pressão no mercado físico, que trouxe o Índice Esalq à vista das máximas do final de setembro ao redor de R$152,10/@ para o patamar dos R$150,00/@, sempre na referência à vista e livre de Funrural. A queda na B3 foi mais acentuada e o contrato de outubro recuou para o patamar de R$148,00/@, ou seja precificando uma queda adicional de mais dois reais até o fim do mês.


Esse patamar dos R$148,00/@ tem sido um grande suporte para as cotações do contrato de outubro e novembro e, não sem motivo, ele representa o patamar psicológico dos R$150,00, à vista, para descontar o Funrural, na praça paulista, abaixo do qual, a resistência de venda pelos pecuaristas tende a aumentar bastante.


A pressão da indústria tem sido maior em São Paulo do que nas demais praças pecuárias, como nos mostra o encurtamento dos diferenciais de base na tabela 1, logo fica difícil pressionar ainda mais São Paulo sem conseguir antes recuar preços nas demais localidades. Caso esse patamar realmente não seja rompido com dólar em queda, aumento da oferta e chuva nos confinamentos, ficará bem mais difícil impor recuos até o final do ano. A conferir.




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