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Scot Consultoria

Maio vai romper o 140?


Quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017 - 14h40

O mercado físico do boi gordo continua à procura de um piso para as cotações, piso esse que ainda não foi encontrado e, apesar de a velocidade da queda não ter sido grande, a tendência de baixa persiste e a referência dos negócios realizados tem apresentado recuos consistentemente. A barreira psicológica dos R$ 145,00/@ em São Paulo não foi forte o suficiente e negócios realizados abaixo desse patamar começam a ocorrer com mais frequência.


Se no mercado físico a resistência a maiores quedas não tem sido tão forte, na BM&F a briga está maior. É bem verdade que o mercado futuro já havia “andado na frente” e precificado essa queda que aconteceu no físico, mas o fato é que tem sido difícil impor novas mínimas nos contratos mais negociados, como maio e outubro. A resistência atualmente no contrato de maio se situa no nível de R$140,00/@ e no contrato de outubro ao redor dos R$144,00/@. O contrato de maio já tentou romper por três vezes a barreira dos R$140,00/@, porém, ainda não conseguiu se consolidar abaixo desse patamar.


Essa briga para impedir o maio de romper o piso dos R$140,00/@ ganha mais importância na medida que há atualmente 1.247 lotes da opção de venda de nível R$140,00/@ para maio em aberto no mercado, sendo esta a série com mais contratos em aberto dentre todas as opções negociadas atualmente. O vendedor dessa opção recebe o prêmio à vista e assume todo o risco caso o mercado caia abaixo desse patamar, ou seja, caso o contrato de maio venha abaixo de R$140,00/@. Caso o vendedor dessa opção queira se proteger ele teria que vender o mercado futuro, gerando assim pressão adicional nas cotações. É bem verdade que uma parte dessa posição vendida em opções já pode estar “protegida” através de posições vendidas no mercado futuro, mas de toda forma esse volume chama a atenção e pode ser um fator a mais a pesar sobre as cotações caso esse patamar seja rompido.


Até o momento ainda não tivemos nenhuma notícia positiva que pudesse gerar inversão na tendência de baixa, na verdade, o que tem acontecido é justamente o contrário, com a carne caindo no mercado interno, exportações apresentando quedas frente ao ano passado e dólar em queda, caminhando para testar a importante barreira dos R$3,00. Isso sem falar na reposição a preços muito interessantes, na forte oferta de fêmeas para abate e na redução da capacidade de abate pelo fechamento ou férias coletivas de indústrias. Conforme já abordamos algumas vezes nesse espaço, enquanto essa dinâmica prevalecer fica muito difícil tentar antecipar onde será o piso das cotações para o boi gordo. Até o momento o mercado futuro aposta no piso de R$140,00/@ para maio.



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