• Quinta-feira, 28 de março de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

A alta veio, mas durou pouco...


Quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017 - 14h40

Após renovar suas mínimas no pregão de 31/1 com o contrato de maio rompendo momentaneamente a barreira dos R$140,00/@, o mercado futuro iniciou uma subida forte, com o contrato de maio/17 chegando a fazer máxima no pregão de 1/2 a R$142,50/@. A tão esperada correção de preços após seguidas quedas acabou vindo, porém de forma muito mais rápida do que a maioria gostaria. Sem respaldo do mercado físico que continua pressionado, o mercado futuro não conseguiu sustentar os ganhos do pregão anterior e segue novamente na dinâmica baixista, com o contrato de maio/17 novamente abaixo de R$141,00/@.


As reclamações com relação à queda de preços do boi gordo tem sido recorrentes, mas a verdade é que o movimento de baixa em São Paulo foi mais comedido do que em algumas praças vizinhas, com o destaque para Goiás, onde o abate de fêmeas continua muito alto e pressionando de forma decisiva as cotações. Acompanhe na tabela 1.


É natural que o movimento de baixa gere desconforto e reações inflamadas dos pecuaristas, porém é importante ter em mente a evolução relativa dos preços ao longo do ano e nesse aspecto o boi gordo foi menos afetado do que outros itens importantes de sua precificação. Em janeiro de 2016 a média dos preços do boi gordo em São Paulo foi ao redor de R$150,00/@, portanto, apresentando uma queda de 2,6% para os atuais R$146,00/@. O bezerro saiu de ao redor de R$1.400,00 em janeiro de 2016 para os atuais R$1.200,00, queda de 14,0%. Já o dólar saiu do patamar de R$4,00 para os atuais R$3,15, ou uma queda de 21,0%. É claro que o fato de o boi ter caído menos que o bezerro e o dólar não alivia em nada as contas de quem está vendendo agora, porém a oportunidade aberta com a queda da reposição é o grande fator que está destravando o mercado e trazendo o pecuarista para a venda do boi gordo mesmo com a pressão baixista da indústria.


Enquanto o cenário de precificação do boi gordo continuar tendo como pano de fundo quedas de preços na reposição, quedas do dólar dificultando as exportações, consumo interno reprimido e reorganização das indústrias com fechamento de plantas e férias coletivas, fica muito difícil de se esperar movimentos de alta sustentados. Conforme já abordamos reiteradas vezes nesse espaço, movimentos de alta nas cotações do mercado futuro devem ser encarados como boas oportunidades para fixação de preços ou compra de seguro de preço mínimo.



<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>

Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja