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O R$150,00/@ vai segurar em São Paulo?


Quinta-feira, 10 de novembro de 2016 - 14h40

O mercado físico continua pressionado em São Paulo e diante da redução dos abates, que em diversas indústrias chegam a 50%, a oferta existente tem sido suficiente para manter as escalas em níveis confortáveis. Sem nenhum gatilho de alta no curto prazo, as indústrias aos poucos vêm conseguindo impor alguma pressão baixista nas cotações. A maioria dos negócios fechados ainda se situa no patamar de R$150,00/@, ou ligeiramente acima disso, porém, as ofertas de compra abaixo desse importante patamar psicológico, já começam a ganhar corpo, porém, ainda sem volume relevante de negócios fechados.


Pelo lado da demanda a situação permanece muito complicada e, no mercado interno houve recuo nas cotações da carne com osso nessa segunda semana de novembro. Os dados das exportações também mantiveram o fraco ritmo registrado em outubro e contribuíram para o desânimo no setor.


Nesse cenário, o mercado futuro não teve outra alternativa a não ser continuar o movimento de baixa que vem sendo mantido desde o início de outubro. É bem verdade que o ritmo das quedas tem sido bastante modesto, porém, a direção do movimento se manteve intacta desde então. A falta de volatilidade no mercado físico tem deixado o futuro literalmente “às moscas”, com o volume diário de contratos negociados dentre os mais baixos dos últimos anos. A curva de preços está praticamente sem nenhum prêmio, precificando tanto dez/16 como jan/17 apenas R$1,00/@ acima do patamar atual de preços, em um indicativo que o mercado acredita que o marasmo tende a ditar o ritmo nesse fim de ano.


O teste desta “barreira” psicológica dos R$150,00/@ em São Paulo será muito importante, e se rompido abre uma sinalização muito ruim para a safra de 2017, já que o custo de produção da grande maioria dos produtores é acima deste patamar. A sazonalidade histórica de final do ano indica que pode haver alguma melhora no consumo, porém, na atual situação econômica não é prudente contar apenas com esse fator para dar alguma sustentação nas cotações. Caso a oferta de animais não sofra uma restrição maior, o mais provável é que o ambiente de baixa volatilidade perdure por mais alguns meses no mercado de boi.



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