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Scot Consultoria

Possível recuperação à frente?


Quinta-feira, 25 de agosto de 2016 - 14h40

O mercado físico do boi gordo ainda permanece pressionado, com as indústrias relutando fortemente em subir as ofertas de balcão. Pelo lado da oferta a restrição também é evidente e os negócios só ocorrem quando o pecuarista não tem mais condições de segurar os animais no confinamento. Quem tem qualquer alternativa acaba postergando a entrega dos animais nos preços atuais. Nessa situação, a redução do número de animais abatidos é grande e as escalas são compostas com menor número de animais e pulos ou falhas são muito comuns. O resultado direto disso foi o enxugamento do mercado de carne que forçou uma alta nos preços. Segundo o levantamento do CEPEA apenas em agosto a carne subiu 4,0%, com a carcaça casada passando de R$9,26/kg para R$9,64/kg.


O movimento de alta na carne e queda nos preços do boi em São Paulo deram um bom alívio nas margens da indústria, que se ainda estão longe de serem consideradas ótimas, pelo menos já estão exatamente na média dos últimos dois anos. Acompanhe na figura 1 a diferença entre o valor da arroba e o preço da carcaça com osso em São Paulo.


Nas exportações, os dados de volume exportado ainda são decepcionantes, com a divulgação da terceira semana de agosto indicando volumes próximos aos de julho, que por sua vez foram 10,0% abaixo de julho de 2015, porém, o preço por tonelada em agosto já subiu 7,5% em dólares frente aos valores de julho, evidenciando também que a queda das exportações do Brasil já começa a ter efeitos positivos nos preços.


O mercado futuro tem reagido ainda de maneira tímida diante desses cenários e não vem colocando ágio significativo sobre as cotações do mercado à vista, com set/16 sendo negociado ao redor de R$150,50/@, out/16 a R$154,00/@ e nov/16 a R$155,00/@, porém até agora as tentativas de forçar preços abaixo desses patamares tiveram efeitos apenas momentâneos, com o mercado se recuperando logo em seguida, mesmo sem ainda uma reação mais forte do mercado físico. Aliás, essa melhora dos preços no mercado físico, quando ocorrer será um ótimo gatilho para altas mais fortes e sustentadas dos preços futuros já que as vendas para fixação de preços nesses patamares são praticamente inexistentes, deixando o mercado com menos “obstáculos” a vencer no movimento de alta. Pegar o timing desse movimento do físico será crucial para as próximas semanas. 




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