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Scot Consultoria

Sobe de escada e desce de elevador!


Quinta-feira, 23 de junho de 2016 - 14h40

O mercado físico do boi gordo continua na mesma “paradeira” das últimas três semanas, ou seja, sem oferta para a indústria conseguir impor queda de preços, porém sem demanda para que os preços consigam subir de forma consistente. Mesmo com toda a diminuição dos abates e consequente diminuição na produção de carne, as indústrias ainda não conseguem repassar aumentos de preços na carne com osso, e assim as margens teimam em permanecer em linha com os piores níveis da história, complicando a vida das indústrias e dificultando maiores altas no boi gordo. Analisando-se apenas a oferta era de se esperar um movimento de alta mais consistente nos preços do físico, porém esse movimento tem acontecido quase que a conta gotas pela compressão atual das margens da indústria.


O mercado futuro que já havia andado na frente e precificado essas altas, tem devolvido o ágio embutido na curva de preços. Jul/16 chegou a fazer máxima a R$162,50/@ e voltou para R$160,50/@, enquanto out/16 que chegou a fazer máxima a R$167,50/@ voltou para R$165,50/@, movimento esse que foi até pequeno, se considerarmos a forte queda ocorrida no milho nessa semana.


O grande destaque da semana foi justamente a forte pressão vendedora do milho no mercado físico, que com a parada da chuva e a aceleração da colheita da safrinha nas áreas produtoras causou um movimento literalmente de corrida do produtor para tentar aproveitar os preços vigentes. Logicamente o comprador se retraiu diante de tamanha oferta e o resultado foi uma forte queda de preços, com direito a limite de baixa na BM&F e tudo o mais. O movimento do milho nessa semana foi o exemplo prático do ditado que diz que “os preços sobem de escada, mas descem de elevador”, já que o milho devolveu três meses de alta em apenas dois dias. Acompanhe na figura 1.


Esse movimento de queda do milho, apesar de já esperado assustou pela velocidade e magnitude, porém veio em hora muito positiva para muitos confinadores que estavam dependendo da disponibilidade de milho para terminar de fechar as contas para esse ano. A relação de troca arrobas x saca de milho saiu de 3,75 para 4,15 sc/@ uma melhora de 11,0% nessa semana, mesmo com a queda dos preços do boi no mercado futuro. Acompanhe na figura 2.


É verdade que, se por um lado o milho deu um alívio, por outro as proteínas continuam em patamares altíssimos, mantendo os custos da diária em confinamento ainda em níveis recordes, por outro lado o boi magro tem estado mais ofertado e em preços competitivos, o que tem um impacto grande já que esse item é cerca de 80,0% do custo do confinamento. Vamos acompanhar de perto a movimentação do milho nos próximos dias e seu impacto no ânimo dos confinadores para o resto do ano.




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