• Quinta-feira, 25 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Físico firme e futuro com ágio. Vai mais?


Quarta-feira, 25 de maio de 2016 - 14h40

A situação das escalas na maioria das praças pecuárias tem estado em um patamar assustador nos últimos dias. Até mesmo indústrias mais tradicionais na compra de bois a termo têm enfrentado grandes dificuldades no seu abastecimento. Situações de escalas com embarque imediato têm ocorrido com alguma frequência. Essa situação, no entanto, ainda não tem sido suficiente para desencadear altas mais sustentáveis no mercado físico. O indicador Esalq à vista estava cotado em R$154,72/@ no dia 19/5, estando atualmente em R$155,14/@.


O “culpado” pela dificuldade do mercado físico subir tem sido os preços da carne no mercado interno. Após os bons volumes de abates da primeira quinzena de maio, o volume de carne direcionado ao mercado interno foi superior à capacidade de absorção, gerando dificuldades no escoamento e consequente queda nos preços. Até que esse excedente seja consumido e o “enxugamento” do mercado possa ocasionar uma recuperação de preços, a situação da indústria vai permanecer muito difícil, já que não é esperado alívio na oferta nos próximos meses. A situação atual, no entanto, faz com que os preços subam “com o freio de mão puxado”, já que a resistência a pagar preços mais altos no físico tem sido muito grande.


No mercado futuro, onde a reação dos preços a choques de oferta e/ou demanda são muito mais rápidos, a alta já foi precificada, com o contrato de junho, julho, e outubro ajustando a R$158,98/@; R$161,60/@ e R$167,14/@, respectivamente, no pregão de 24/5/2016. Essa situação faz com que os volumes negociados no mercado futuro atualmente, estejam ainda menores do que o normal, já que se por um lado a situação da oferta não incentiva o aumento da posição vendida, por outro o ágio existente e a situação difícil das indústrias também inibe o aumento das posições compradas.


Nessa situação dificilmente o mercado futuro terá força e incentivos para ampliar o ágio já existente frente aos preços atuais. Para que uma segunda onda de alta ocorra será necessário um empurrão dos preços do mercado físico em São Paulo. Empurrão esse que pode acontecer nessa virada de mês, dada a complicadíssima posição de escala na maioria das indústrias para a semana que vem.



<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja