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Scot Consultoria

Outubro/17 abaixo de outubro/16?!


Quinta-feira, 12 de maio de 2016 - 14h40

Na semana que passou o mercado físico operou praticamente em estabilidade, com as tentativas de impor novos recuos na praça paulista não obtendo resultados. O indicador à vista, que terminou a semana cotado em R$154,02/@, está atualmente em R$154,54/@, uma leve alta, refletindo a dificuldade das compras nos patamares inferiores de preços. Se por um lado aparentemente o mercado encontrou um piso, por outro as dificuldades com a venda de carne impedem um movimento de alta mais sustentado neste momento. Com as indústrias enfrentando grande dificuldade na venda no mercado interno e com as piores margens dos últimos 12 meses, a luta para não pagar preços mais altos no mercado físico tem sido enorme.


De toda forma, apenas o fato de o mercado físico ter parado de cair foi o sinal para o mercado futuro entrar numa nova escalada de alta, ampliando os prêmios para todos os contratos da entressafra, levando diferenciais do mercado físico para todos os meses seguintes para as máximas do ano até o momento. Acompanhe na figura 1, onde o contrato de mai/16 é representado pela linha branca, jul/16 pela verde, ago/16 pela rosa e out/16 pela vermelha.


Esse descolamento da entressafra, aliado a um mercado de boi magro mais ofertado, tem trazido novamente os confinadores para os cálculos de viabilidade de seus confinamentos. Em muitos casos a conta voltou a ficar favorável e, como era esperado, a queda do boi magro, aliada à alta do mercado futuro, trouxe de novo a rentabilidade para muitas operações, mesmo enfrentando os altíssimos custo do milho atuais. A oferta do primeiro giro muito provavelmente já está impactada, mas, aos poucos, a oferta para o segundo giro vai sendo incentivada e os reflexos disso na inclinação da curva de preços futura deve ser sentido nos próximos meses.


Falando em inclinação de curva futura, no pregão de 11/5 já houve algumas negociações para mai/17 e out/17. Apesar de o volume não ter sido grande, apenas a indicação de preços e a possibilidade de alongamento da curva futura já são, por si só, uma ótima notícia para quem usa o mercado como ferramenta de hedge. Mais interessante do que a negociação foram os preços negociados, com out/17 sendo negociado em sua mínima a R$160,00/@, o que representava uma queda de R$6,00 frente à cotação de out/16. Mesmo no preço de ajuste desse contrato, que foi de R$162,50/@, ainda representa um deságio de R$3,95 frete ao ajuste de out/16. Apesar de o volume negociado ainda não ser significante para se tirar conclussões mais objetivas, o fato de estar havendo negociação para 2017 abaixo dos preços de 2016 não deixa de ser interessante. Sinais de uma possível reversão do ciclo pecuário à frente?




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