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Scot Consultoria

Onde vai parar?


Quinta-feira, 14 de abril de 2016 - 16h00

Conforme abordávamos na semana passada neste espaço, o aumento da oferta causado pela estiagem em importantes estados produtores teve seu reflexo esperado de preços mais baixos no mercado físico. As escalas, que já na semana passada estavam confortáveis, com várias indústrias com a semana completa, tiveram nova evolução ao longo desta semana e, com a ajuda do feriado de quinta que vem (21/4), algumas plantas já possuem bois agendados até o final do mês, situação que não havia acontecido ainda neste ano.


Além do aumento da oferta, outro fator que vem atuando no sentido de forçar preços mais baixos tem sido a diminuição da margem da indústria no mercado interno. A situação econômica ainda é crítica e os níveis de desemprego aumentam dia após dia. 


Neste cenário de vendas reprimidas, a precificação do atacado é muito sensível a qualquer aumento de volume ofertado e o aumento dos abates e a consequente ampliação da oferta de carne acabam causando quedas maiores nos preços do atacado, deprimindo as margens mesmo com os preços do boi gordo cedendo. Acompanhe na figura 1 a evolução da diferença entre o preço da carne com osso no atacado e o valor pago pelo boi gordo.


É interessante notar no gráfico que após as quedas recentes, a margem da indústria voltou para os patamares de antes do redimensionamento da capacidade de abates, ocorrido em junho do ano passado. Repare que desde que ocorreu esse fechamento de plantas a margem veio melhorando e permanecendo em níveis historicamente bons até as quedas recentes. 


Além dessa piora no mercado interno, as exportações também desaceleraram de forma significativa em abril, com os dados da primeira semana indicando queda de 30,0% sobre o mês passado e 7,1% frente a abril de 2015.


Diante de tantas notícias negativas, o cenário para quedas no boi gordo está traçado, resta saber o tamanho e a duração desta queda. Até o momento o mercado futuro precifica como menor preço da safra o nível de R$ 153,00/@, que foi onde o contrato de maio/16 até o momento enfrentou maior suporte. 


Ainda é cedo para tentar antecipar o tamanho da queda potencial causada por esse cenário, mas caso esse suporte realmente se prove efetivo, isso representa uma queda de apenas 4,0% do preço máximo no ano até agora, o que seria uma queda muito pequena e condizente com o cenário de preços firmes que vivemos até agora.




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