Finalmente out/15 rompeu a banda de cima!

O mercado físico de boi gordo tem trabalhado em ambiente firme nas últimas semanas. O cenário de oferta restrita dita o ritmo das cotações, porém, não tem havido altas mais fortes, já que a briga das indústrias para manter a margem nos patamares atuais é bastante grande. Diante disso, perdura a situação de estabilidade, já que quando é necessário ser um pouco mais agressivo nas compras, altas de R$1,00 a R$2,00/@ tem encontrado oferta suficiente.

Já o mercado futuro tem estado mais otimista com a evolução dos preços, operando em alta e com o contrato de out/15 finalmente conseguindo romper para cima a banda de preços de R$146,50 e R$147,50/@, que perdurava já há mais de 20 dias. A curva futura tem o contrato de set/15 cotado ao redor de R$146,00/@, out/15 a R$148,50/@ e nov/15 a R$150,25/@, ampliando ainda mais o já considerável ágio que perdurava nas últimas semanas. Acompanhe na figura 1, com o Índice Esalq na linha branca, set/15 linha amarela, out/15 linha verde e nov/15 linha rosa.

Muito da alta do futuro foi impulsionada pela alta do dólar, que segue dia após dia quebrando recordes, tendo sido cotado no pregão de 3/9 acima do patamar de R$3,80. Esse impulso do dólar, no entanto, ainda não tem sido sentido de forma significativa nas exportações, já que os dados fechados do mês de agosto mostraram queda de volume na comparação com julho/15 e queda de 18,3% em relação a ago/14, isso com o dólar na máxima do ano até então.

Os volumes negociados no mercado futuro tem sido assustadoramente pequenos nesses últimos dias e com tão pouca liquidez a precificação fica muito sujeita à variações abruptas e/ou descoladas dos fundamentos, já que um pequeno volume de compra ou venda consegue provocar mudanças relevantes nos preços. A boa notícia para os produtores foi que até agora as distorções e exageros tem sido sempre a favor de preços mais altos, gerando boas oportunidades para fixação de preços.