• Quinta-feira, 28 de março de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Exportações acelerando


Sexta-feira, 12 de junho de 2015 - 14h58

O mercado físico do boi gordo teve uma semana relativamente calma, sem grandes alterações de preços, mas com as escalas voltando a se alongar na praça paulista, em Minas Gerais e em Goiás, sem a necessidade de aumentar preços. O Indicador à vista começou o mês de junho cotado a R$147,20/@ e está atualmente a R$147,38/@, ou seja, sem nenhuma alteração relevante.

Apesar da estabilidade do mercado físico, o mercado futuro teve comportamento totalmente distinto, com toda a entressafra subindo forte, e o contrato de outubro chegando a ser negociado em sua máxima recente a R$155,14/@ no dia 9/6, porém, sem o mercado físico para referendar esse movimento, o mercado futuro perdeu força e devolveu grande parte das altas da semana, com o contrato de outubro cotado ao meio dia do pregão de 11/6 a R$152,80/@.

A boa notícia da semana foi o resultado surpreendentemente positivo das exportações da primeira semana de junho, que pela primeira vez no ano tiveram volumes acima da mesma data do ano passado. Na primeira semana de junho foram embarcados 22 mil toneladas de carne bovina in natura com média diária de 5,60 mil toneladas, representando alta de 31,0% contra o mês de maio e 13,0% contra o mês de junho de 2014. Se a performance da primeira semana se mantiver ao longo do mês de junho, nós teremos pela primeira vez no ano embarques próximos ou acima de 100 mil toneladas que, sem dúvida, é uma notícia muito boa para a indústria, já que até o momento o volume exportado está 17,0% abaixo dos números de 2014 para o mesmo período.

A competitividade da nossa carne no mercado externo deriva em grande parte do nosso preço em dólares e apesar das altas recentes da arroba, a alta do dólar mais do que compensou esse fato, mantendo nosso preço abaixo da média histórica como pode ser observado na figura 1.

É interessante notar, no entanto, que o nosso preço em dólares estava bem competitivo já desde o começo do ano e, no entanto, os resultados obtidos na exportação seguiram sempre abaixo do obtido em 2014 pelas dificuldades enfrentadas pelos nossos compradores. E, antes de que, fiquemos muito animados com esses resultados, é importante lembrar que nossas exportações representam próximo de 25,0% de nossa produção e que o mercado interno é ainda de longe o mais importante canal de escoamento e nesse aspecto é desnecessário reforçar que a situação é bem complicada.

De toda forma, o aumento do volume exportado é uma boa notícia e vem em boa hora para ajudar a melhorar os resultados que a indústria vem apresentando. O início dos embarques para a China e a provável abertura das exportações de carne in natura para os EUA tendem a ajudar nossos números no restante de 2015.




<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>

Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja