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Scot Consultoria

Mercado na semana


Sexta-feira, 22 de maio de 2015 - 13h07

O mercado físico de boi gordo tem andado de lado na maior parte das praças pecuárias do Brasil. 


Em São Paulo, conforme abordamos na semana passada, o Indicador Esalq à vista estava balizado na "banda de cima" dos negócios observados no mercado físico e ao longo dessa semana veio corrigindo, saindo dos R$149,15 para os atuais R$146,53/@ do dia 20/5, que agora sob nossa ótica está balizado na "banda de baixo" dos negócios reportados em São Paulo. De toda forma as escalas em São Paulo estão bastante confortáveis, atendendo, na maioria das vezes, uma semana e em alguns casos até mais confortáveis que isso, o que dá certo viés baixista ao mercado no curto prazo.


Nas praças vizinhas a São Paulo a situação é semelhante, porém, com escalas não tão confortáveis, o que diminuiu a pressão baixista, mas ainda sem ser suficiente para forçar altas. Em Goiás e Minas Gerais os preços retomaram um real acima das mínimas recentes e em Mato Grosso do Sul o mercado não apresentou nenhuma mudança significativa.


Esse final de safra tem sido bastante favorável aos produtores, já que ainda tem chovido em muitas regiões, mantendo as pastagens em relativas boas condições possibilitando vendas compassadas que não pressionam de forma significativa o mercado. A questão que merece ser analisada agora é se esse ritmo será mantido ou se a pressão vendedora foi apenas postergada e ainda ocorrerá em algum momento nas próximas semanas.


A boa notícia da semana foi o acordo final entre Brasil e China que finalmente reabriu nossas exportações para o gigante asiático. Apesar de, no curto prazo, apenas oito plantas estarem habilitadas a exportar e do fato de que provavelmente o aumento das exportações para a China será acompanhado de proporcional diminuição das exportações para Hong Kong, o mercado futuro reagiu de forma positiva à notícia, com o contrato de outubro chegando a subir quase dois reais durante o pregão, melhorando o diferencial safra x entressafra como pode, porém, ainda longe de retomar as máximas de inicio de março, como pode ser observado no na figura 1.



A peça chave para a definição do mercado, não só para o restante da safra, mas também no restante do ano, será a reposição, que se continuar difícil e cara será um grande limitador para qualquer movimento baixista mais forte. Por outro lado, a grande diferença entre as carnes bovina, suína e de frango, além da situação financeira difícil da maioria das indústrias tende a limitar também movimentos fortes de alta, de modo que grandes variações positivas na entressafra podem ser boas oportunidades para fixação de preço.



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