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Scot Consultoria

Cenários para o confinamento


Sexta-feira, 10 de abril de 2015 - 14h44

O mercado físico de boi gordo vem seguindo sua trajetória de alta, e a situação de falta de oferta se agravou ainda mais na semana passada, forçando uma aceleração no ritmo que vinha sendo mantido até então. Na última semana, a alta do Indicador Esalq foi de quase R$2,50/@, balizando os preços em São Paulo ao redor de R$150,00/@, novamente renovando o recorde nominal de preços para o estado.


O mercado futuro, como não podia deixar de ser diferente, acompanhou o ritmo do físico e dessa vez o contrato de outubro também renovou sua máxima para o ano, atingindo no dia 8/4 R$158,50/@, enquanto maio atingiu sua máxima no dia 9/4 a R$151,44/@.


A semana, porém, não foi apenas de boas notícias para os pecuaristas, especialmente os confinadores, que viram o carrego safra x entressafra diminuir substancialmente nos últimos dois pregões, saindo da máxima de R$8,91/@ em 19/3 para os atuais R$5,80/@, conforme pode ser observado na figura 1. Isso representa uma piora de R$3,11/@ na operação do confinador que compra boi na safra para vender na entressafra.


Se por um lado, a diminuição do carrego para a entressafra foi uma má notícia para o confinador, a boa notícia foi que a relação de troca boi x milho atingiu sua máxima do ano a 5,54 sacas de milho por arroba, usando para fazer essa conta os valores dos contratos futuros de outubro para o boi e setembro para o milho. Acompanhe a evolução desse índice na figura 2.


Esses dois gráficos refletem bem o dilema do confinador para essa entressafra, se por um lado o custo com a alimentação está extremamente favorável ao confinador e incentiva muito o confinamento, por outro o custo do boi magro consome muito do ganho potencial da operação. De toda forma, mesmo considerando essa piora do carrego, a conta global do confinamento ainda continua favorável e com margens acima da média histórica, o que tende a incentivar a entrada de um maior número de animais no cocho esse ano. A conferir.




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