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Scot Consultoria

Carrego safra x entressafra em alta!


Quinta-feira, 12 de março de 2015 - 17h18

O mercado físico de boi gordo esteve nessa semana mais firme do que vinha sendo anteriormente. As escalas de abate que já não vinham confortáveis tiveram novas reduções e os abates incompletos, com pulos e falhas foram bastante comuns. Nos estados onde o diferencial de base estava bem aberto, como Goiás, esse cenário levou a alta de preços de até R$2,00/@, porém em São Paulo a resistência para pagamentos maiores tem sido muito forte. Apesar de algumas variações um tanto quanto aleatórias, ao longo da semana o Indicador à vista em São Paulo subiu apenas R$0,47/@ para R$144,59/@, com máxima a R$145,76/@ e mínima a R$143,45/@, evidenciando o range de negociação bastante estreito em que se encontra o mercado atualmente.


O interessante dessa semana é que mesmo com a situação das escalas se agravando pelo Brasil inteiro e os preços ganhando sustentação, o mercado futuro fez nova máxima nessa semana, mas não sustentou as cotações, com os contratos de março, maio e outubro fazendo suas máximas a R$147,00/@; R$147,11/@ e R$154,20/@, respectivamente, porém recuando forte a partir disso, cotados ao meio dia do pregão de 12/3 a R$145,70/@; R$145,60/@ e R$153,00/@, respectivamente.


A melhor notícia da semana para os pecuaristas não foi nem a alta do mercado futuro, mas o aumento expressivo do diferencial safra x entressafra, evidenciado pelos contratos de maio x out, que saiu de, ao redor de R$5,00 para os atuais R$7,70 melhorando sobremaneira as contas dos confinadores. E com maiores volumes negociados, que apesar de ainda estarem abaixo dos patamares históricos, já são bem melhores do que nas últimas semanas. Acompanhe na figura 1.


Diferencial safra x entressafra


A movimentação do mercado futuro na semana chama a atenção, porque interrompeu a sequência de altas mesmo diante do mercado físico mais firme. É obvio que nos níveis sobrecomprados e com bastante ágio que o mercado futuro se encontrava, uma queda mais abrupta era até certo ponto esperada, porém o fato dela ter acontecido com o mercado físico em alta merece ser analisado com maior profundidade, pois a lógica é o mercado futuro antecipar os movimentos do mercado físico. Vale a pena acompanhar mais de perto a movimentação do contrato de maio/15 para sabermos se a queda foi apenas uma correção ou uma antecipação da inversão de tendência do físico.



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