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Scot Consultoria

Demanda e oferta, quem vai pesar mais?


Quinta-feira, 22 de janeiro de 2015 - 16h32

O mercado futuro de boi gordo teve mais uma semana de relativa estabilidade, sem ainda conseguir romper o atual patamar de preços em nenhuma direção. O contrato de janeiro/15 ficou praticamente tabelado, ao redor dos R$143,50/@. Já os contratos de maio/15 e outubro/15 até tiveram momentos de alta durante a semana, com ambos fazendo suas máximas até agora a R$142,19/@ e R$148,48/@, respectivamente, porém, sem conseguir sustentar esses patamares e retornando às cotações anteriores ao redor de R$140,50/@ e R$147,00/@.


A falta de tendência do mercado futuro é explicada, em grande parte, pela briga de preços no mercado físico, onde a queda de braços entre indústria e produtores continua mais forte do que nunca. Aos poucos o peso da falta de demanda vai pendendo a balança para o lado da indústria e ocorrem negócios em patamares inferiores aos praticados na semana anterior. A queda de 4,0% no preço da carne com osso no mercado interno e a redução em 25,0% no volume exportado até a terceira semana de janeiro tem pesado de forma decisiva na direção do mercado no curto prazo, já que a oferta permanece ainda bastante comedida.


Basta abrir o caderno de economia de qualquer jornal para se deparar com a verdadeira avalanche de notícias negativas em todos os setores da economia. Demissões, inflação em alta, aumento de juros, aumento de impostos, aumento dos combustíveis, aumento da energia elétrica, etc. etc. etc. Em um cenário como esse, fica difícil imaginar que a carne bovina vá conseguir manter um patamar de preços que remunere os preços atuais da arroba, ainda mais frente às proteínas concorrentes em preços muito mais favoráveis.


Acontece que os preços altos da reposição também jogam contra qualquer movimento de queda nos preços do boi gordo, já que com as pastagens em condições razoáveis de suporte, a dificuldade de se repor bem faz com que o pecuarista tenda a segurar a venda dos animais prontos.


A pouca oferta pode conseguir evitar quedas maiores ao longo da safra, porém os problemas com a demanda também impedirão altas maiores acima dos patamares atuais. Quem vai ser o fiel da balança? A oferta ou a demanda? A atitude das indústrias com relação à sua capacidade de abate atual terá um peso importante para sabermos quem vai ganhar essa briga.



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