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Scot Consultoria

Índice ESALQ subindo e futuro caindo?


Sexta-feira, 14 de novembro de 2014 - 17h17

Mantendo a escrita das últimas semanas, novamente o mercado físico permaneceu rompendo dia após dia seu recorde de preços. Chamávamos a atenção na semana passada para a alta da carne no mercado interno, que finalmente passou a dar fôlego para a indústria pagar mais pelo boi gordo, colocando mais lenha na fogueira altista. Nesse cenário, a alta do Índice ESALQ à vista na última semana foi de R$3,84 saindo de R$140,09/@ para os atuais R$143,93/@.


O que chamou a atenção foi à reação do mercado futuro à forte alta do indicador à vista do dia 12/11 de R$1,14/@ atingindo sua nova máxima histórica a R$143,93/@. Normalmente, o que seria de se esperar era que uma alta forte como essa desse novo impulso às cotações do mercado futuro, porém, o que aconteceu foi exatamente o oposto, com todos os vencimentos futuros caindo forte no pregão de 13/11.  Essa divergência de movimentos não é exatamente incomum, porém, mercado físico e futuro andando em direções opostas geralmente funciona com um bom indicador de reversão de tendência.


O papel de quem opera no mercado futuro é justamente tentar antecipar os movimentos do mercado físico e dessa forma é natural que os picos de preço se deem primeiro no mercado futuro. Até agora os picos de preço dos contratos de novembro e dezembro ocorreram no pregão de 7/11 a R$145,80/@ e R$147,50/@, respectivamente, com o mercado até tentando testar novamente esses preços no pregão de 10/11, mas sem conseguir se sustentar e operando em baixa desde então.


Provavelmente, o que o mercado futuro está olhando é que nesses preços mais altos, as compras fluíram um pouco melhor em todas as regiões do Brasil e pela primeira vez em algumas semanas a maioria das indústrias vão iniciar a semana com a programação de abate já completas. Além disso, existem muitas dúvidas quanto à força da carne se sustentar no patamar atual na segunda quinzena do mês. A soma desses dois fatores foi o gatilho para que o mercado futuro revertesse a tendência que vinha apresentando até então.


Logicamente que as movimentações do mercado futuro são muito mais rápidas do que as do físico e a reversão de preços no futuro não significa obrigatoriamente que o físico seguirá essa tendência. O grande teste será a pressão por queda de preços que com certeza a indústria tentará impor na semana que vem. Se eles conseguirem sustentar as escalas com recuo de preço aí a queda de preços no mercado futuro pode se intensificar.




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