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Scot Consultoria

A alegria durou pouco?


Sexta-feira, 5 de setembro de 2014 - 16h11

Na semana passada o mercado futuro finalmente rompeu o patamar dos R$130,00/@, com os contratos de out/14 e nov/14 sendo negociados em suas máximas a R$130,60/@ e R$130,55/@, respectivamente. Porém, mesmo diante da persistência do cenário firme no mercado físico o futuro não se sustentou e operou em queda, inclusive invertendo a situação de ágio nas cotações para atualmente trabalhar com deságio. Acompanhe na figura 1 a evolução do indicador à vista (linha branca) e repare que os contratos futuros de set/14 (linha amarela), out/14 (linha verde) e nov/14 (linha rosa) estão agora todos abaixo do indicador à vista, uma situação que não ocorria desde o início de maio.


A movimentação do mercado futuro indica agora a expectativa de que o teto das cotações deva mesmo ter ficado nos R$130,00/@ em São Paulo e nem mesmo a forte alta do indicador à vista do dia 3/9 chegando na máxima histórica a R$129,16/@, foi suficiente para reposicionar o mercado futuro na trajetória de alta. Provavelmente, o que tem contribuído para diminuir a expectativa altista no mercado é justamente a dificuldade de escoamento da carne, já que novamente o comportamento da demanda indica que cotações acima de R$8,00/kg na carne com osso no atacado tem muita dificuldade de serem absorvidas. Além disso, os dados consolidados a exportação de agosto também foram decepcionantes, já que tivemos alta de apenas 0,8% frente a agosto de 2013, contra uma média de 13,5% de alta nos meses anteriores. 


A conclusão do artigo dessa semana é a mesma da semana passada, ou seja, não dá para esperar que movimentos especulativos tenham força sozinhos para elevar ainda mais as cotações do mercado futuro. Caso as cotações do mercado físico realmente não tenham força para romper a barreira dos R$130,00/@, como parece ser o caso agora, o próximo passo do mercado futuro será procurar um fundo, já que o teto pelo menos até o momento está definido.




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