• Sexta-feira, 29 de março de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Será que outubro rompe R$130?


Sexta-feira, 22 de agosto de 2014 - 15h08

A situação do mercado físico de boi gordo permanece com oferta apertada, escalas curtas e preços em alta. O Índice Esalq à vista subiu R$5,35/@ nos últimos 15 dias para os atuais R$125,06/@, trazendo de volta a euforia e a expectativa do tão aguardado boi de R$130,00/@ em São Paulo. Como o nível de abates caiu diante da oferta restrita, a carne acompanhou a alta do boi gordo, mesmo em um período pior de consumo após o dia dos pais. A carne subiu mais de 5,0% nos últimos 15 dias, inclusive superando a alta do boi.


O impacto dessa movimentação no mercado futuro não poderia ser outro que não as fortes altas. Acompanhando o ritmo do físico, o contrato de outubro subiu forte e se aproximou por 3 vezes dos R$130,00/@, porém, sem conseguir efetivamente chegar lá em nenhuma das ocasiões. A cotação máxima do contrato de outubro no ano foi de R$129,95/@ e, acompanhe na figura 1, que essa cotação foi "testada" 4 vezes nesse ano, porém, sem ter força para ser rompida em nenhuma das ocasiões.


Como é natural em casos como esse, após tantas tentativas frustradas, o mercado futuro acabou pesando, invertendo a tendência e operando em queda, com o contrato de outubro/14 voltando a se aproximar dos R$128,00/@. Um ponto importante a ser analisado é que nesse ano nas ocasiões em que a carne com osso superou o patamar de R$8,00/kg no chamado "boi casado", os reflexos negativos no consumo foram evidentes. Atualmente, estamos um pouco acima desse nível e, as reclamações pela dificuldade de escoamento da produção têm aumentado bastante, inclusive com relatos de queda de preços, sobretudo nos cortes de dianteiro. Se novamente esse "teto" da carne se mantiver, fica pouco provável que ocorram altas mais sustentáveis nos preços do boi gordo, mesmo com exportações em volumes recordes e com oferta restrita de animais prontos para abate. Além disso, é importante lembrar que os efeitos benéficos da forte queda do milho para os confinadores só influenciarão de forma mais evidente na oferta de bois prontos para abate a partir de final de setembro e começo de outubro.


A variável chave para se acompanhar agora realmente é a evolução da demanda no mercado interno. Se a dificuldade de escoamento nos preços atuais se mantiver, o mais provável é que o ágio do contrato de outubro frente ao físico venha diminuindo e que o nível dos R$130,00/@ para outubro não seja novamente revisitado.




<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>

Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja