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Sem limites?


Segunda-feira, 17 de março de 2014 - 16h06

Depois de ensaiar uma estabilização no final de fevereiro, principalmente pelo receio do comportamento da carne após o carnaval, o mercado físico de boi gordo retomou o movimento de forte alta que vem sendo a regra do mercado nesse ano de 2014. O mercado futuro que antes havia operado por alguns dias em queda, também acompanhou o movimento e operou em forte alta nos últimos dias, renovando as máximas em todos os vencimentos futuros.


Ao que tudo indica, a diminuição dos abates na semana do Carnaval e nas anteriores foi tão relevante, que mesmo com a dificuldade em repassar a alta na carne desossada, a carne com osso continuou subindo, acompanhando e dando sustentação a alta do boi gordo no mercado físico. Acompanhe na figura 1 onde a linha amarela representa o preço da carne com osso e a linha branca o índice Esalq à vista.


As exportações também vêm dando sustentação ao movimento de alta, com os dados de fevereiro apresentando alta de 50,0% em volume frente ao ano passado. Mesmo considerando que nesse ano fevereiro teve mais dias úteis do que no ano passado, ainda é uma alta muito forte.


Até agora, a restrição na oferta de animais permanece como o principal driver do mercado e, enquanto as escalas de abate permanecerem curtas, nem mesmo a dificuldade no escoamento da carne sem osso parece conseguir colocar um limite às cotações da arroba. Porém, o mercado futuro já trabalha com uma curva de preços menos inclinada e com uma sazonalidade mais típica da curva de safra, com abril R$1,50/@ abaixo de março e maio R$1,50/@ abaixo de abril, o que configura ainda um cenário muito firme, mas sem quedas abruptas na safra.


Um movimento interessante nesses últimos dias foi o diferencial entre maio e outubro, que após fazer sua máxima no início do ano ao redor de R$8,00/@, veio caindo, estando atualmente em sua mínima ao redor de R$5,40/@, diminuindo assim, o carrego que era muito favorável aos confinadores. 


Será esse estreitamento fruto de uma maior demanda por fixação de preços para outubro junto às indústrias? Ou a expectativa do mercado já sinalizando uma maior oferta na entressafra? Será interessante acompanhar a evolução desse spread nas próximas semanas.



 



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