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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Sexta-feira, 1 de novembro de 2013 - 11h22

Nos últimos quinze dias o mercado físico e futuro de boi gordo ficaram literalmente "andando de lado", sem nenhuma movimentação relevante que indique alguma tendência de preços para cima ou para baixo. 


Num cenário como esse, fica até difícil acrescentar algo de relevante que ainda não tenha sido abordado em análises anteriores, mas em resumo a queda de braço entre indústria e produtor continua praticamente igual, com as indústrias tentando impor como referência preços abaixo de R$108,00/@, à vista, em SP, mas com o produtor relutando ao máximo em vender volumes abaixo desses preços.


O contrato de novembro precifica preços ao redor de R$1,50/@ abaixo do patamar atual, mas também não consegue romper para nenhum lado, encontrando um forte suporte ao redor de R$106,00/@, e uma forte resistência ao redor de R$107,00/@, à vista. Acompanhe na figura 1. 


Mesmo sem uma oferta de animais grande o suficiente para pressionar as cotações, aos poucos o mercado vai cedendo e o grande culpado disso é a dificuldade de escoamento da carne no varejo nos preços atuais, agravado nas últimas semanas pela forte queda da carne de frango, que recuou mais de 11,0% em outubro, e assim acaba levando vantagem na competição pelo bolso do consumidor. A dificuldade de escoamento no varejo gera um aumento de estoques de carne com osso, que por fim, coloca pressão na ponta compradora do boi gordo. Aliás, os altos níveis de estoque relatados geram uma preocupação adicional quanto à evolução dos preços no curto prazo, já que muitos produtores estão preferindo aguardar para negociar seus animais após a virada do mês, acreditando que a sazonalidade no consumo de carne possa ajudar as indústrias a pagar os preços pretendidos pelos produtores. 


Se os estoques impedirem a valorização da carne, então essa possível pressão vendedora no início de novembro pode permitir algum recuo, mesmo que modestos dos preços.


De todo modo, os volumes negociados no mercado futuro têm caídos nos últimos dias sinalizando que ninguém enxerga grandes oportunidades de compra ou de venda nos patamares atuais, ou seja, pelo menos no curto prazo o mercado está em um "patamar de equilíbrio". 


A partir de agora, a atenção já começa a se voltar para 2014, e apesar de pouco volume negociado, o contrato de maio de 2014 é cotado ao redor de R$102,00/@ e o de outubro de 2014 ao redor de R$108,50/@.





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