• Quinta-feira, 25 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

E agora, depois da geada?


Sexta-feira, 26 de julho de 2013 - 11h48

O maior acontecimento dos mercados agrícolas brasileiros nesta semana e na anterior foi a forte onda de frio sobre o Sul e Centro-Oeste do Brasil. As previsões foram certeiras e o frio foi forte, inclusive com geadas em importantes regiões produtoras do Mato Grosso do Sul.


Como essas geadas já estavam previstas e largamente divulgadas, não se pode dizer que todos foram pegos de surpresa. 


Os maiores impactos nos preços ocorreram na semana passada e não nessa, quando os contratos futuros de jul/3 e ago/13 recuaram mais de 2 reais das máximas que estavam cotados. O Índice Esalq à vista, por sua vez, teve apenas um leve recuo de R$0,30/@ desde sua máxima em R$103,39/@ no dia 15/7, conforme observado no gráfico ao lado.


É importante analisar com mais  profundidade as consequências desta geada, porque não foi um evento corriqueiro ou de pouca intensidade, pelo contrário, foi uma das maiores ondas de frio que muitas regiões já enfrentaram. 


Tendo a história como base, um evento destas proporções seria suficiente para derrubar as cotações no mercado físico de forma mais significativa do que um recuo de R$0,30/@ como aconteceu até agora. Seria isso um reflexo da oferta restrita de animais terminados? Da força da demanda? Ou as duas coisas? 


É claro que, em função da época do ano, não era esperado um grande volume de animais prontos nas pastagens. Os impactos da geada demoram alguns dias até serem mensurados e sentidos na capacidade de suporte, mas dadas as proporções, seria esperada uma reação mais negativa dos preços.


De toda forma, o mercado futuro continua pressionado. No começo do pregão de 25/7, o contrato de jul/13 é negociado por R$102,37/@, ou seja, R$0,71 abaixo do Índice ESALQ à vista, sendo que o indicador de hoje já será o primeiro a compor a média de liquidação de jul/13. 


Será importante monitorar o comportamento da oferta nos próximos dias e um aumento de oferta é esperado, porém, a demanda por carne também já deve melhorar com o início de mês e o dia dos pais. 


A forma com que os preços reagirão nesta semana e na próxima será muito importante para ajudar a definir o rumo que os preços da entressafra poderão tomar.





<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>

Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja