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Scot Consultoria

Expectativas para entressafra (ou falta de expectativas)


Sexta-feira, 17 de maio de 2013 - 17h43

Já estamos em meados de maio, com praticamente um mês sem chuvas significativas nas principais regiões produtoras, com a ocorrência de pelo menos duas frentes frias mais fortes. Por enquanto, o mercado ainda não experimentou a forte pressão clássica de final de safra. 


O aumento de oferta durante o mês de maio de fato existiu, porém ao que parece até agora, foi bem absorvido pelo aumento das exportações e a melhora do consumo interno no começo do mês, turbinado pelo dia das mães.


Aliás, as exportações merecem um destaque, já que vem mantendo o aumento ao redor de 30,0% em comparação com o ano passado. Se mantivermos a média diária de exportação de carne bovina "in natura" dos 10 primeiros dias de maio até o final do mês, o Brasil poderá exportar ao redor de 100 mil toneladas métricas (não confundir esse número com o TEC, ou toneladas equivalente carcaça), valor próximo dos melhores valores já exportados em um único mês e repetindo a performance de anos como 2006 e 2007 que consolidou o Brasil como maior exportador de carne bovina do mundo.


Com a safra ficando para trás, as expectativas, naturalmente, vão se voltar para a entressafra e logicamente para os números do confinamento. A volatilidade gerada pelo atraso do plantio da safra americana de milho vem sendo refletida nas cotações do mercado físico e futuro de milho aqui no Brasil e nem mesmo a nova projeção de aumento de 10,0% na produção do milho safrinha no Brasil, que chegará a 42 milhões de toneladas, foi o suficiente para acelerar a queda do contrato de setembro que acabou sendo sustentado pelos dados do atraso do plantio nos EUA. 


A relação de troca entre o contrato de boi gordo para out/13 e o de milho para set/13 tem permanecido sistematicamente acima de 4 sacas/@, valor bastante favorável ao pecuarista, porém este número não parece ser um grande estímulo para os confinadores neste ano.


O pouco ágio apresentado pelos preços futuros, com o contrato de out/13 cotado entre R$100,00/@ e R$101,00/@ (valores próximos da máxima ocorrida na safra deste ano) não tem sido percebido como um bom preço pelos pecuaristas e a falta de movimentação dos contratos futuros da entressafra é em função do baixo interesse por fixações nos preços atuais. Resta saber se isto terá como reflexo um menor número de animais confinados e o seu impacto nos preços na entressafra.



 



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