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2012 sem entressafra?


Sexta-feira, 30 de novembro de 2012 - 17h09

O ano de 2012 vai caminhando para o final sem nenhum estresse de alta mais significativa no estado de São Paulo. Aliás, a realidade atual é exatamente o oposto disso, com escalas mais longas, oferta abundante e preços pressionados por todo o Brasil, mas mais pressionados fora de São Paulo, o que aos poucos vai corrigindo o diferencial de base, que ainda está historicamente bastante fechado. 


A chamada entressafra aconteceu somente no calendário em São Paulo, sem nenhum efeito prático nos preços do boi gordo, que tiveram sua máxima do ano no dia 23 de janeiro com o Índice Esalq à vista em R$99,81/@, e a barreira dos R$100,00/@, à vista, não foi em nenhum momento rompida pelo indicador até o momento.


Os preços no mercado físico se mantiveram relativamente comportados durante todo o ano, mas esta não foi a realidade do mercado futuro, que permaneceu na maior parte do tempo extremamente otimista, mantendo sempre prêmios muito grandes frente ao mercado físico e possibilitando a proteção de preços muito interessantes, conforme pode ser visto nos gráficos abaixo que evidenciam o prêmio dos contratos de out/12 e nov/12 frente ao Índice ESALQ à vista durante o ano. A média de ágio do contrato de out/12 frente ao Índice ESALQ à vista foi ao redor de R$5,00/@ durante 2012, já para o contrato de nov/12 foi de R$5,50, mas muito mais importante que isso foi que este ágio se manteve muito acentuado até bem próximo da liquidação dos contratos, assim, no início de setembro, o ágio de out/12 frente ao Índice ESALQ à vista era de impressionantes R$10,00/@ e o contrato de nov/12 tinha ágio de R$5,20 frente ao ESALQ no início do mês, possibilitando ótimas oportunidades de travar preços ou garantir preços mínimos a custos muito interessantes.


Agora que as oportunidades já fazem parte do passado e a realidade que se desenha para o final do ano não é muito animadora, vale analisar os motivos desta ausência da entressafra em São Paulo. 


O estágio atual do ciclo pecuário e a maior profissionalização das mesas de compra das indústrias frigoríficas são fatores que vem primeiramente à tona e o pecuarista não pode fazer absolutamente nada para mudar esta situação. O que ele pode e deve fazer é ficar atento às oportunidades e usar as ferramentas disponíveis para garantir seu lucro quando for possível. 


A profissionalização da gestão no setor é uma realidade irreversível e todos terão que se adaptar a isso, por bem ou por mal.






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