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Por que o boi em São Paulo não sobe?


Sexta-feira, 21 de setembro de 2012 - 16h57

A pergunta título do texto é a que mais tem sido ouvida nas mesas de operação nas últimas duas semanas. Ao invés de subir, o Índice ESALQ à vista caiu mais de 1 real, cedendo dos R$97,13/@ da última sexta feira, dia 14/9, para os atuais R$96,03/@. Os fatos de os preços em São Paulo não terem subido de forma mais consistente com tantos fatores a favor, como os apresentados na semana passada, deixou muitos participantes do mercado ao mesmo tempo surpresos e se questionando sobre se haverá força para altas mais fortes no restante do ano.


Os principais fatores que poderiam abrir espaço para altas mais consistentes no curto prazo são a margem no mercado interno, que apesar de ter recuado na última semana, ainda está substancialmente acima da média histórica, e o ótimo movimento nas exportações, cujo volume nos primeiros 15 dias de setembro foi 49,30% acima de setembro de 2011 e faturamento 31,20% acima.


Além desses fatores que por si só já permitiriam uma alta com maior força, outro que chama a atenção é o estreitamento dos diferenciais de base com as praças vizinhas a São Paulo que estão nos níveis mais baixos do ano, além de estarem historicamente em níveis bastante baixos, como pode ser obsevado nos gráficos ao lado dos diferenciais São Paulo x Goiânia e São Paulo x Campo Grande.


O mercado futuro respondeu rapidamente à essa relutância do físico em São Paulo em subir e literalmente derrubou os prêmios para o resto da entressafra, com o spread set x out que era negociado a R$4,50 caindo para R$2,60 ao meio dia do pregão de 20/9 com o contrato de out/12 caindo R$0,93/@ próximo da mínima do dia a R$98,75/@ contra R$96,15/@ de set/12. Isso considerando que há apenas uma semana o contrato de out/12 estava ao redor de R$103,00/@.


A resposta para a questão título do texto fica aberta para discussão, mas não há dúvidas que a diferença de oferta relativa entre São Paulo e as demais praças está pesando sobre o mercado, com São Paulo relativamente mais abastecido de confinamento do que as demais regiões. Resta saber se este cenário permanecerá para o restante do ano ou não.




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