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Scot Consultoria

Futuro caindo e proteção para quedas de preço mais cara...


Quinta-feira, 13 de setembro de 2012 - 10h53

Depois de fazer a sua máxima do ano em R$104,75/@ no dia 4/9, o contrato de outubro inverteu a tendência e passou a operar em baixa, devolvendo boa parte dos ganhos acumulados nos últimos 15 dias em apenas 3 pregões, fazendo valer mais uma vez a máxima de que o mercado "sobe de escada e desce de elevador", como pode ser observado na figura 1, e o que no primeiro momento parecia ser apenas uma correção natural após seguidas altas, agora vai tomando mais corpo, deixando preocupado quem ainda não "travou" seus bois para o restante do ano.


A situação do mercado físico ainda permanece apertada, embora menos do que estava na semana passada, e a margem da indústria, medida pela diferença entre o preço da carne com osso no mercado interno e o valor da arroba, ainda está nas máximas históricas, o que permitiria altas mais sustentáveis no boi, caso a restrição de oferta aumentasse. Porém, o fato foi que nos preços mais altos alguns frigoríficos conseguiam alongar as escalas e a pressão de alta no mercado físico diminuiu. Esse fator, aliado à expectativa de que as vendas de carne tendem a esfriar no meio do mês, foram o gatilho para que outubro acelerasse a queda.


Com isso a demanda por proteção para o restante do ano aumentou bastante, porém, as notícias para quem busca proteção não são nada boas. Como em qualquer mercado regido pela lei da oferta de demanda, a maior demanda acarretou preços mais altos e esse fato, aliado  à queda do mercado futuro, encareceu sobremaneira a compra de proteção para queda de preços. Apenas para se ter uma ideia, a opção de venda de out/12 de nível R$100,00/@, que no começo da semana era negociada próximo de R$1,00, já foi negociada a R$1,54 no pregão de hoje (13/9).


Comprar opções de venda "caras" como as atuais acaba não sendo uma alternativa interessante e o raciocínio a ser usado deve ser o mais simples possível, ou seja, o seguro de preços é comprado para não ser usado e por isso deve-se gastar o mínimo possível nele. Dessa forma, na impossibilidade de se comprar opções que garantam um preço mínimo interessante por um custo competitivo, o volume de negócios no mercado de opções tem diminuído. Quem ainda não se protegeu segue em compasso de espera, porém, se o mercado futuro não reagir, a tendência é que o seguro contra queda de preços continue bastante caro.





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