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Scot Consultoria

Prêmio da entressafra só aumenta...


Quinta-feira, 16 de agosto de 2012 - 16h47

Enquanto o mercado físico vai firmando aos poucos, num ritmo bem mais lento em São Paulo do que nas praças vizinhas, o mercado futuro, que já havia antecipado esse movimento há tempos, continua colocando mais ágio na curva de preços futuros. O diferencial entre o Índice Esalq à vista e o contrato de outubro voltou a se alargar, estando agora em R$9,13, ou 10,2%, em dois meses e meio.


Mesmo com o Índice ESALQ à vista ainda sem apresentar altas consistentes, os spreads entre os meses de entressafra seguem se alargando, com o diferencial entre agosto e setembro em R$3,55/@ e o diferencial entre setembro e outubro a R$3,84 pelos fechamentos de 15/8.


A situação para os confinadores começa a ficar um pouco menos complicada, à medida que a safrinha de milho vai entrando no mercado e pressionando as cotações. A relação de preços entre o milho set/12 e o boi out/12, que chegou a fazer mínima a  2,73 sacas/@, se recuperou bem e está atualmente em 3,13 sacas/@, ainda abaixo da média histórica, porém, já bem melhor do que o pior momento da relação, conforme a figura 1.


Aliás, a situação do milho é bastante interessante, com os preços aqui do Brasil se "descolando" dos da Bolsa de Chicago, que no pregão de ontem operou em forte alta, contra uma baixa forte do milho aqui na BVMF, numa situação bastante atípica e causada em grande parte pela dificuldade de escoamento da produção pelas limitações logísticas e agravada pela greve dos fiscais agropecuários federais.


Com a quebra da safra americana já mais que conhecida e devidamente precificada e com a "super safrinha" se acumulando no mercado interno, a pressão no mercado de milho deve continuar grande, podendo ainda ser agravada se ocorrer alguma revisão na demanda por milho para etanol nos Estados Unidos.


Novamente vale a recomendação aos produtores para aproveitar a oportunidade e fazer operações de proteção para a produção do restante da entressafra. Se a trava nos preços atuais não for suficientemente remuneradora e o pecuarista acreditar em altas ainda maiores do que as já precificadas, o ideal é pelo menos fazer um seguro de preço mínimo para evitar maiores surpresas no restante do ano.




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