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Scot Consultoria

Alternativas para a entressafra


Quarta-feira, 8 de agosto de 2012 - 17h18

O mercado físico do boi gordo parece ter encontrado o seu piso em todo o Brasil. A grande pressão vendedora devido ao ajuste da lotação das pastagens parece estar ficando para trás e sem a pressão de quem precisava vender "a qualquer preço" o mercado vai caminhando para deixar seu pior momento de preços para trás.


O Indice Esalq à vista fez sua mínima do ano a R$88,71/@ no dia 2/8, e após isso subiu R$1,32/@ para os atuais R$90,03/@. Ou seja, refletiu a maior dificuldade de se manter as escalas longas com preços abaixo dos R$90,00/@, à vista, em São Paulo.


O movimento de baixa também perdeu força em GO e MS, com tentativas de compra abaixo da referência sem encontrar volume adequado de ofertas.


O mercado futuro já vinha precificando essa realidade, sempre mantendo um ágio importante frente ao Índice Esalq à vista, realidade essa que permaneceu, mesmo frente à alta do mercado físico, já que o mercado futuro também subiu, como pode ser observado no gráfico da figura 1.


A manutenção deste diferencial elevado é uma das poucas notícias boas para os confinadores ultimamente e muitos têm aproveitado essa alta recente do mercado futuro para fixar uma parte dos animais para setembro e outubro.


Uma alternativa para quem ainda não tem nenhuma proteção para a entressafra poderia ser a compra de uma opção de venda de out/12 de nível R$95,00/@ pagando R$1,00/@, o que garante um preço mínimo líquido de R$94,00/@, podendo participar de uma possível alta maior que venha a acontecer até outubro.


Outra alternativa seria a confecção de uma "banda de preços" tendo como referência o valor do contrato de out/12 ao redor de R$98,50/@, seria possível determinar preço mínimo de R$97,00/@ e máximo de R$100,00/@, com custo de apenas R$0,10/@.


Enfim, o sentimento geral é de que o pior em termos de preços finalmente está ficando para trás, a questão agora é saber se uma possível recuperação no físico será suficiente para igualar ou quem sabe superar a realidade de preços que é hoje praticada no mercado futuro.


Para quem teve o "sabor amargo" de entregar bois confinados abaixo de R$90,00/@ em São Paulo, garantir um preço mínimo de R$95,00/@ pagando R$1,00/@ parece ser uma forma segura de aguardar preços mais altos para outubro.




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